TUDO ACEITA E NADA MERECE

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Ericeira (Jantar Especial) Parte IV

Depois da jornada, começamos a subir da praia novamente para a vila, frágeis e fracos, visto apenas termos comido o pequeno almoço e um bagaço, durante todo o Dia e mais a mais vergados, depauperados e espoliados, depois dos ensinamentos proporcionados pelo Escória-porco, o que nos deixou ainda mais abalados, enfim podem considerar que foi um missa campal em pleno dia de jejum.

Perante este triste cenário, mas com a finalidade de animar as hostes, o Companheiro Escória-porco, debitou esta quando estávamos a passar junto ao cinema da Ericeira, malta, pá vou comprar bilhetes para todos, (já eram os remorsos em produção), numa outra loja mais adiante foi adquirida uma ampola de Macieira (5 Estrelas), que era o que estava a dar na altura, isto provavelmente e tendencialmente tinha a finalidade de fazer frente a uma noite igual ou parecida com a anterior.

Ao que parece a fome era generalizada, além do problema técnico de um Companheiro a ‘braços’ com uma fuga no deposito de metano, achávamos que já nada mais deveria correr mal nesse final de dia, continuamos a deambular pelas ruas da Ericeira durante mais algum tempo, até que o Escória-porco perguntou. E se fossemos todos jantar, que pago Eu (Novo ataque de remorsos ou peso na consciência), bom já que tanto insistes dissemos nós, está aceite, ainda te damos a possibilidade de escolheres o Restaurante.

Ora pois claro, o povo cheio de galga (fome para os amigos), já a ficar com a vista turva, entramos e senta-mo-nos no Restaurante escolhido pelo Companheiro, começamos imediatamente na reposição de sólidos e líquidos, não necessariamente por esta ordem, pedidos que foram os pratos escolhidos, foi um ver se te avias a comer, isto porque como se lembram já tínhamos bilhetes para o cinema, e convinha não perder a parte inicial.

Entramos pois para o cinema, não me recordo do título do filme, embora isso também não fizesse grande diferença, isto porque passei grande parte dele, assim como alguns companheiros, a dormir. Eram feitos apenas pequenos intervalos para aliviar o peso da Macieira e nada mais.
Aquele que se conseguiu manter acordado, ou o que acordou primeiro depois do filme terminar, acordou os outros e saímos o mais ordeiramente possível para o exterior, onde já nos aguardava uma noite em tudo idêntica à anterior.

Depois de bem acordados deste primeiro sono, já mais compostos do mau dia que tivemos, mas também com alguma capacidade para o comentarmos entre nós, o que se tinha passado e foi isso mesmo que fizemos enquanto procurávamos ‘habitação’ para passar a noite com o máximo de tranquilidade e conforto possível, não como a anterior.

Procura aqui, vê ali, é pá cheguem aqui para ver se dá, chiça pá aí não dá para todos, vamos tentar lá mais para cima a ver se há alguma coisa, pronto finalmente lá passamos por cima do muro da Escola Primária, e debaixo do alpendre do recreio passamos a noite, sem grandes preocupações, isto porque no dia seguinte Domingo não haveria aulas, por fim ultima chamada na Macieira e dormir.

…Continua Ericeira (O regresso)

1 comentário:

escória-porco disse...

F...-.., já nem me lembrava desse triste episódio. Esse tal de escória-porco era um otário do c......
Espero que os anos lhe tenham sido úteis...