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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Fuga ao Índio (197?)

Após o jantar de um qualquer dia da semana, encontramo-nos como de costume, para tomar café, na velha Smarta, aí, conforme a malta ia chegando assim eram começadas as sugestões para o(s) programa(s) nocturno do Dia.

Uns criam ir ao cinema, outros tomar um copo e outros ainda jogar bilhar e por ai fora, mas o grupo de que vou falar, teve uma opcção diferente, uma ida à Feira Popular.

O grupo que escolheu esta alternativa, penso não me esquecer de ninguém, era constituída pelos Companheiros Teodorias, Escória-porco, Orly e Zé Costa.

Uma vez embarcados todos no Carro do Teodorias, lá fomos com destino à feira, naquele trajecto pacato e com o pouco transito da altura, Marquês de Pombal, Saldanha e finalmente Entre-Campos, que contornamos e recomeçando a subida da Av. da Republica até, perto do viaduto ferroviário, onde à altura existia um parque de estacionamento.

Após uma observação cuidada da posição do arrumador (Índio chupista) no terreno, foi feita uma manobra de diversão com uma saída rápida da viatura, deixando o Índio a ver navios.

Fomos pois então para a feira, onde nos entretivemos durante algum tempo nas mais diversas actividades, carrinhos de choque, matraquilhos, flippers(TILT), e umas imperiais, Etc.

Quando já tínhamos Feira Popular quanto bastasse, iniciamos o caminho de volta, até ao ponto de partida, começamos por nos dirigir ao parque de estacionamento onde o carro tinha ficado, iniciando a abordagem ao mesmo, emboscados nos arbustos que davam para o referido parque, mais uma vez observado a posição do Índio, para podermos avançar para a viatura sem sermos abordados por essa figura, e sem ter de desembolsar a respectiva moeda.

Ora o parque a essa hora da noite já só tinha uma meia dúzia de viaturas, o que nos dificultava a manobra, mas enfim calmamente continuamos emboscados a aguardar melhor ocasião. E, assim dentro de alguns minutos apareceu um casal que se dirigiu a sua viatura, como se pode calcular o Índio seguiu imediatamente no seu encalço.
Altura mais que boa para arrancarmos a toda a velocidade para a nossa e pormo-nos em marcha, assim fizemos, mas no arranque opss o Teodorias, pisou aquilo que normalmente chamamos cagada (Monte de Merda), mas já nada nos detinha afim de concluirmos o nosso objectivos e portanto seguimos, entramos todos na viatura e pusemo-nos em marcha, deixando mais uma vez o índio a ver navios.

Agora, o cheiro dentro da viatura, estava a tomar proporções apocalípticas, diria horríveis mesmo, enquanto isso Teodorias pediu um jornal que se encontarva no banco de traz, afim de embrulhar a sandália contaminada, foi o que fez mesmo em andamento.

De qualquer das formas, mesmo com esse isolamento, para além de todas as janelas abertas e cabeças de fora, era incrível o cheiro que a merda produzia, embora a viagem de regresso fosse rápida, parece que demorou uma eternidade mas for fim chegamos.

Após o Teodorias fazer algumas verificações para ver qual a necessidade de limpeza adicional concluiu ali mesmo que afinal tinha embrulhado a sandália limpa e trazia a que estava cheia de merda calçada.

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