TUDO ACEITA E NADA MERECE

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Casamento

"Casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está sempre certa e a outra é o marido."

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Não dá para acreditar!

Vai ser inaugurado na próxima segunda-feira o estádio de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada pelo pobre contribuinte português, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento.
O recinto, já certificado pela FIFA custou dois milhões de dólares e tem capacidade para seis mil espectadores.
A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de jovens pioneiros da Jhiad islâmica, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.

Entretanto em Portugal continuamos a fechar urgências, maternidades, centros de saúde, escolas primárias, infantários, esquadras de policia...etc.

Reforçando a politica externa e a cooperação internacional do Governo português, propõe-se:
-O encerramento do Hospital de Santa Maria e o financiamento um estádio de baseball com pavilhão multiusos no Afeganistão.
-O encerramento do Hospital d Universidade de Coimbra oferecendo-se um complexo olímpico (também com ringue de sumo japonês) à Somália.
-E finalmente... o encerramento deste Governo, oferecendo-se os seus titulares aos crocodilos do Nilo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Em Resposta Ao País Real: O País em Ficção!

Cá está :)

Consideração da Semana

"A casa da sogra não se quer tão perto que ela possa vir de chinelos, nem tão longe que ela queira vir de malas"

ÚLTIMA HORA

Afinal o novo aeroporto vai continuar a chamar-se Aeroporto da OTA (Obra Transferida para Alcochete)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sugestão para a A.S.A.E

Nunca a lei tornou o Homem mais justo.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Importante

Recebi, da minha vizinha D. Francelina, com pedido de publicação, a seguinte denúncia “a quem de Direito”:

“Excelentíssimo Senhor doutor Nunes, mui digno chefe da A.S.A.E.

Quero relatar-lhe uma situação muito perigosa a que assisti, numa noite destas, e que, nos meus já “68A” anos de vida ainda não tinha vislumbrado. E digo este número de anos, em vez dos verdadeiros, porque já estou a imaginar os sorrisos na cara de Vossa Excelência e dos seus Ajudantes, o que poderia desviar a atenção do verdadeiro assunto que me obriga a incomodá-lo. É que, como o meu Antunes, que Deus Nosso Senhor me levou vai já para 10 anos, não gostava nada dessas porcarias, pelo menos a sua verticalidade impedia-o de as praticar com a sua mulher legítima, eu estou isenta desses desvios.

Enfim, depois deste desabafo de uma mulher que, apesar daquela idade que já referi e que me abstenho de repetir, pelo motivos que são evidentes, ainda se apresenta bastante enxuta e em muito bom estado, além de pouco usada pelo meu defunto Antunes e, estes dois que a terra há-de comer ou o crematório incinerar, são testemunhas de que mais nenhum aqui tocou, apenas lhe posso dizer que Vossa Excelência, com o seu ar durão de verdadeiro macho, não me deixa indiferente, antes pelo contrário, povoa as minhas fantasias nocturnas, ao imaginá-lo a entrar-me por ali adentro, a fiscalizar os entrefolhos mais recôndidos do meu ser, em busca de alguma coisa menos higiénica. E eu a deixá-lo fazer tudo o que quiser para, no fim, orgulhosa, lhe demonstrar que ainda está tudo em “su sítio”.

Ora, uma noite destas, estava eu à janela a observar os prédios em frente, uma vez que com o rejuvenescimento do bairro, há muitos casais novinhos que, enfim, compreende, são um pouco descuidados com as cortinas e me deixam alegrar um bocadinho a vista, isto porque desde que a TV Cabo deixou de nos dar um pequenino bónus do canal 18, a vida tem sido muito cinzenta, até porque fica mal a uma Senhora encomendar certos filmes no clube de Vídeo.

Onde é que eu ía?... Ah já sei, estava à janela quando, num dos prédios em frente deparei com uma cena que me deixou bastante preocupada: Na sala de jantar estavam juntos a uma mesa 7 - indivíduos – 7, com um ar muito estranho e que aparentavam estar em atitudes conspiratórias. Um era marroquino, vestido com aquela túnica típica desses terroristas islâmicos; outro que mais parecia o defunto rei Hussein, trazia na cabeça um daqueles lenços à Arafat; finalmente um terceiro, que parece um que já apareceu na televisão, fumava um daqueles charutos enormes o que pressupõe que os cubanos também podiam estar envolvidos. Isto para não falar de circular dinheiro em cima da mesa, possivelmente para pagar as bombas que fariam parte do negócio.

Enfim, motivos mais do que suficientes para escrever esta carta a Vossa Excelência. Investigue, ataque, puna que eu depois dou-lhe a recompensa; o meu Antunes certamente irá perdoar-me essa traição póstuma. É tudo a bem do Ocidente.

Sempre sua Francelina”

sábado, 26 de janeiro de 2008

A FESTA DA DEMOCRACIA

É sabido que o desmantelamento do Estado Social é um dos principais desígnios deste Governo.
Em nome do sacrosanto equilibrio orçamental e, numa sanha latrinária e malfeitora, assistimos com indignação ao sistemático encerramento de unidades regionais de saúde, hospitais, maternidades, serviços de urgência, e centros de saúde, substituindo-as por mega-estrututuras concentracionárias onde a desorganização, a irresponsabilidade e a desumanidade atingem padrões indescritíveis.
Refiro-me aos bancos de urgência dos grandes hospitais (S.José e S. Maria em Lisboa, da Universidade em Coimbra).
Salas e corredores, antecâmaras da morte, onde se amontoam entregues à sua sorte, doentes, velhos e moribundos que podem fugir, apanhar infecções, cair das macas e até, morrerem abandonados.
Verdadeiros armazéns de sofrimento onde ninguém tem nome, onde ninguém é responsável por nada e onde a impunidade impera.
Infelizmente, pelos piores motivos, tenho tido o infortúnio de conhecer nos ultimos anos algumas das grandes urgências hospitalares deste país e, salvo raras excepções, delas guardo as mais sinistras e amargas recordações.
É precisamente neste mundo kafkiano, que se pretende concentrar o SNS, acabando com tudo o que esteja próximo, onde as pessoas têm nome, onde a dedicação, a humanidade e o afecto ainda fazem parte dos cuidados de saúde.
A ambulância, adquiriu uma inaudita importância e incontornável presença na vida dos portugueses, porque é nela que a vida humana, cada vez mais, começa e acaba, quase sempre da pior maneira.
O primeiro ministro do governo deste país ( o tal que conseguiu assinar em Lisboa o novo tratado a UE) passou hoje por Évora onde foi apupado por cidadãos indignados, aviltados e fartos de tanta malfeitoria.
Sem sombra de incomodidade, sorridento e com lépida prosápia, disse para a comunicação social que tais manifestações fazem parte da "FESTA DA DEMOCRACIA!"
E lá seguiu altivo e prazenteiro para a albufeira do Alqueva onde visitou projectos turisticos de empresas espanholas.

A falta de vergonha constitui um dos maiores défices civilizacionais das sociedades contemporâneas.

Pobre país!

Frase da Semana

" O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. "

© Fernando Pessoa

O País real

É só para ver!

http://www.youtube.com/watch?v=88ukPcA55jI

e ainda.

http://www.youtube.com/watch?v=MRDh-5aEKkg

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Fuga ao Índio (197?)

Após o jantar de um qualquer dia da semana, encontramo-nos como de costume, para tomar café, na velha Smarta, aí, conforme a malta ia chegando assim eram começadas as sugestões para o(s) programa(s) nocturno do Dia.

Uns criam ir ao cinema, outros tomar um copo e outros ainda jogar bilhar e por ai fora, mas o grupo de que vou falar, teve uma opcção diferente, uma ida à Feira Popular.

O grupo que escolheu esta alternativa, penso não me esquecer de ninguém, era constituída pelos Companheiros Teodorias, Escória-porco, Orly e Zé Costa.

Uma vez embarcados todos no Carro do Teodorias, lá fomos com destino à feira, naquele trajecto pacato e com o pouco transito da altura, Marquês de Pombal, Saldanha e finalmente Entre-Campos, que contornamos e recomeçando a subida da Av. da Republica até, perto do viaduto ferroviário, onde à altura existia um parque de estacionamento.

Após uma observação cuidada da posição do arrumador (Índio chupista) no terreno, foi feita uma manobra de diversão com uma saída rápida da viatura, deixando o Índio a ver navios.

Fomos pois então para a feira, onde nos entretivemos durante algum tempo nas mais diversas actividades, carrinhos de choque, matraquilhos, flippers(TILT), e umas imperiais, Etc.

Quando já tínhamos Feira Popular quanto bastasse, iniciamos o caminho de volta, até ao ponto de partida, começamos por nos dirigir ao parque de estacionamento onde o carro tinha ficado, iniciando a abordagem ao mesmo, emboscados nos arbustos que davam para o referido parque, mais uma vez observado a posição do Índio, para podermos avançar para a viatura sem sermos abordados por essa figura, e sem ter de desembolsar a respectiva moeda.

Ora o parque a essa hora da noite já só tinha uma meia dúzia de viaturas, o que nos dificultava a manobra, mas enfim calmamente continuamos emboscados a aguardar melhor ocasião. E, assim dentro de alguns minutos apareceu um casal que se dirigiu a sua viatura, como se pode calcular o Índio seguiu imediatamente no seu encalço.
Altura mais que boa para arrancarmos a toda a velocidade para a nossa e pormo-nos em marcha, assim fizemos, mas no arranque opss o Teodorias, pisou aquilo que normalmente chamamos cagada (Monte de Merda), mas já nada nos detinha afim de concluirmos o nosso objectivos e portanto seguimos, entramos todos na viatura e pusemo-nos em marcha, deixando mais uma vez o índio a ver navios.

Agora, o cheiro dentro da viatura, estava a tomar proporções apocalípticas, diria horríveis mesmo, enquanto isso Teodorias pediu um jornal que se encontarva no banco de traz, afim de embrulhar a sandália contaminada, foi o que fez mesmo em andamento.

De qualquer das formas, mesmo com esse isolamento, para além de todas as janelas abertas e cabeças de fora, era incrível o cheiro que a merda produzia, embora a viagem de regresso fosse rápida, parece que demorou uma eternidade mas for fim chegamos.

Após o Teodorias fazer algumas verificações para ver qual a necessidade de limpeza adicional concluiu ali mesmo que afinal tinha embrulhado a sandália limpa e trazia a que estava cheia de merda calçada.

Ericeira (O regresso) Parte V e Ultima

Depois de um despertar com os ossos um bocado mal tratados devido ao colchão ortopédico em que passamos a noite, fomos forçados a recorrer ao Companheiro Escória-porco para que nos fosse servido o pequeno almoço, que por acaso foi tomado no mesmo local do dia anterior, acho que à altura devia ser o que mais cedo abria.

Demos uma volta de despedida pela Vila e fomos à procura de informações sobre um transporte o mais directo possível para Lisboa, para evitar ter de andar em dois ou três transportes, isto porque como já tiveram possibilidades de saber, com capital nesse momento, só mesmo o escória-porco, portanto à que poupar.

Penso que tivemos de esperar para as 10 h 30 mn, para termos camioneta directa para Lisboa com terminus lá para os lados do Saldanha, ou seria da Estefânia, já não me lembro bem, enquanto isso o Companheiro que estava com fuga de metano, estava cada vez pior, um atentado mesmo à saúde dos que o estavam a rodear, enfim um portento, mas como estávamos na rua, a coisa disfarçava.

O que é certo, é que chegada a hora, entramos no transporte e rumamos a Lisboa, durante a viagem que á altura deverá ter demorado mais de 3 horas, deu para fazermos um resumo verbal de tudo o que se tinha passado começando a ser acompanhada por emanações de metanol, devido ao problema já comentado e referenciado, pois continuamos a tentar perceber o que tinha corrido mal, pontos a melhorar, outros a alterar e ainda outros a eliminar totalmente. Para que em futuras edições jamais viessem a existir latifúndios financeiros como o que nestes dias tinha ocorrido, fizemos então um exame interior e exterior das nossas prestações, mesmo que por vezes, com alguma dificuldade em respirar, tal era a capacidade de destruição de oxigénio que tais emanações provocavam, mas por fim chegamos, mesmo que alguns de nós um pouco amarelos e com algumas dificuldades respiratórias.

FIM

No prelo, Mini Escória em visita pelas praias do Oeste, 1978. (em 3 Capitulos)
(Teodorias, Orly e Zé Costa)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Ericeira (Jantar Especial) Parte IV

Depois da jornada, começamos a subir da praia novamente para a vila, frágeis e fracos, visto apenas termos comido o pequeno almoço e um bagaço, durante todo o Dia e mais a mais vergados, depauperados e espoliados, depois dos ensinamentos proporcionados pelo Escória-porco, o que nos deixou ainda mais abalados, enfim podem considerar que foi um missa campal em pleno dia de jejum.

Perante este triste cenário, mas com a finalidade de animar as hostes, o Companheiro Escória-porco, debitou esta quando estávamos a passar junto ao cinema da Ericeira, malta, pá vou comprar bilhetes para todos, (já eram os remorsos em produção), numa outra loja mais adiante foi adquirida uma ampola de Macieira (5 Estrelas), que era o que estava a dar na altura, isto provavelmente e tendencialmente tinha a finalidade de fazer frente a uma noite igual ou parecida com a anterior.

Ao que parece a fome era generalizada, além do problema técnico de um Companheiro a ‘braços’ com uma fuga no deposito de metano, achávamos que já nada mais deveria correr mal nesse final de dia, continuamos a deambular pelas ruas da Ericeira durante mais algum tempo, até que o Escória-porco perguntou. E se fossemos todos jantar, que pago Eu (Novo ataque de remorsos ou peso na consciência), bom já que tanto insistes dissemos nós, está aceite, ainda te damos a possibilidade de escolheres o Restaurante.

Ora pois claro, o povo cheio de galga (fome para os amigos), já a ficar com a vista turva, entramos e senta-mo-nos no Restaurante escolhido pelo Companheiro, começamos imediatamente na reposição de sólidos e líquidos, não necessariamente por esta ordem, pedidos que foram os pratos escolhidos, foi um ver se te avias a comer, isto porque como se lembram já tínhamos bilhetes para o cinema, e convinha não perder a parte inicial.

Entramos pois para o cinema, não me recordo do título do filme, embora isso também não fizesse grande diferença, isto porque passei grande parte dele, assim como alguns companheiros, a dormir. Eram feitos apenas pequenos intervalos para aliviar o peso da Macieira e nada mais.
Aquele que se conseguiu manter acordado, ou o que acordou primeiro depois do filme terminar, acordou os outros e saímos o mais ordeiramente possível para o exterior, onde já nos aguardava uma noite em tudo idêntica à anterior.

Depois de bem acordados deste primeiro sono, já mais compostos do mau dia que tivemos, mas também com alguma capacidade para o comentarmos entre nós, o que se tinha passado e foi isso mesmo que fizemos enquanto procurávamos ‘habitação’ para passar a noite com o máximo de tranquilidade e conforto possível, não como a anterior.

Procura aqui, vê ali, é pá cheguem aqui para ver se dá, chiça pá aí não dá para todos, vamos tentar lá mais para cima a ver se há alguma coisa, pronto finalmente lá passamos por cima do muro da Escola Primária, e debaixo do alpendre do recreio passamos a noite, sem grandes preocupações, isto porque no dia seguinte Domingo não haveria aulas, por fim ultima chamada na Macieira e dormir.

…Continua Ericeira (O regresso)

Aprendam !

Aprendam !

Em Portugal, o poder de compra caiu de tal modo que até a classe média está a sentir na pele essa queda. No seu estilo inconfundível, o Bloco de Esquerda atacou o Governo com seguinte argumento:

- Temos a situação tão degradada com os valores éticos, sociais e morais estão a ser postos quotidianamente em causa por este Governo, que até universitárias estão a começar a prostituir-se.

A resposta de Sócrates não se fez esperar:

- Em primeiro lugar, este Governo não recebe lições de ética, nem quaisquer outras, de ninguém; em segundo lugar e como é apanágio a que V.Ex.ª já nos habituou à distorção sistemática da realidade, o que acontece é exactamente ao contrario:
a situação é tão boa que até as prostitutas já são universitárias...!!!

Ericeira (A ver o mar, junto às artes de pesca) Parte III

Agora com o Sol a querer aparecer, demos mais umas voltas e descemos para a zona dos pescadores, num pequeno acesso que dá para uma correnteza de pequenas casotas que servem para arrumação de artes de pesca e onde se podem fazer pequenas refeições ou petiscos durante o dia, já à noite, deixo à vossa consideração e imaginação.

Retivemos um local junto da primeira casota da correnteza, que tinha umas daquelas bases que servem de suporte para os chapéus de Sol e decidimos que era um local perfeito, se pensamos, melhor o fizemos e rápidamente estávamos sentados formando uma circulo quase bom, posteriormente e depois de estarmos bem acomodados, iniciou-se uma missa-campal.

Estando nós já em plena laboração e não sei se por necessidade ou talvez movido pela curiosidade, apareceu o dono da casota, em frente da qual esta a ser celebrada a missa,

-- Bom Dia, então por aqui logo de manhã, disse ele.
-- Bom dia respondemos em coro, é verdade o tempo não está grande coisa para a praia, portanto vamos ficar aqui mais um bocado.
-- Estejam à vontade, vim só aqui buscar umas coisas, vou já de seguida ver se pesco alguma coisita, reforçou ele.
-- Adeus amigo.

Bom e continuamos nós na leitura do missal por mais algum tempo, abstraídos do tempo, naquela calma junto ao mar, agora já com o Sol do meio dia a aquecer o ambiente desse sábado, prosseguimos com a jornada.

Penso que já seriam perto das 14 h, quando somos surpreendidos com um .

-- Boa tarde, então ainda por aqui?.
-- Nós observamos que era o dono da casota de novo e um bocado ‘encaralhados’ dissemos, pois é ainda aqui estamos entretidos a jogar uma cartada,( penso que nessa altura ainda as coisas estavam mais ou menos equilibradas).
-- Estejam à vontade, vou só fazer aqui qualquer coisa para trincar, são servidos?.
-- Não, não, obrigado, bom apetite.
E nós pimpa sempre na leitura.
-- Pessoal, já acabei de almoçar, é pá tenho aqui um bagacinho que é uma categoria, querem provar?
Embora possa parecer mentira, aceitamos!! e agradecemos.
-- Vou ali ter com uns amigos, boa tarde e até à próxima, despediu-se o cavalheiro.
-- Até a próxima.

E continuamos nós na nossa missão, devia com isto tudo estar já próximo das 16 h, sendo que aí o terço do escória-porco já tinha mais bolinhas que os dos outros.

Passado mais algumas horas, aparece de novo o nosso amigo:

-- É pá, isso é que é dar-lhe hein,
-- Pois é pois é, mas já estamos mesmo a terminar.
-- Vim só aqui fechar a barraca e vou para casa que por hoje já chega, então até á próxima.


E como os companheiros sabem, isto é tudo uma questão de fé, e um bocadinho de sorte à mistura e portanto é necessário de vez em quando ser um pouco teimoso, pois parece que era o que todos os companheiros estavam a fazer com bastante empenho, ora para os mais atentos já devem ter percebido que entretanto o Sol se estava a recolher para passar mais uma noite, entrando de turno, a Lua, portanto já quase não se via nada, bom mas isso também já não importava nada, porque as contas dos nossos terços tinham passado todas para o do Escória-porco.

… Continua Ericeira, (Um jantar especial)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ericeira (Via Odrinhas) Parte II

A camioneta partiu na sua marcha rumo á Ericeira, pois na paragem imediatamente seguinte ao nosso embarque, entrou uma Senhora já com alguma idade (Isto em relação à nossa) e como se não houvesse mais nenhum lugar, de imediato se sentou ao lado do Companheiro Escória-porco.

De seguida foi entabulada uma conversa entre os Companheiros Teodorias e Olissipo, em tom audível, sobre a temática de um recente internamento do Escória-porco.

-- É pá, o gajo tem andado calmo, mas é melhor estarmos com atenção.
-- Tem calma, ele tem se portado bem, nem tem tido aqueles ataques nem nada.
-- Digo isto porque ele pá, não tem falhado os comprimidos que lhe receitaram na consulta externa.

O certo é que a conversa, deu frutos, assim que houve outra paragem a Senhora, muito discretamente, levantou-se e avançou mais algumas filas de acentos, ficando assim livre de algum ataque de que o companheiro Escória-porco, viesse a ser acometido.
Entretanto foi detectado que um dos companheiros, que por motivos óbvios e tendentes a salvaguardar o seu bom nome e dignidade, não vou revelar, começou com um problema qualquer de fuga nos retentores ou O rings, como lhe queiram chamar, que costuma fazer uma boa vedação do deposito de metano, tendo como é obvio as pituitárias dos Companheiros sido atingidas negativamente, pelo efeito do tal problema e que se prolongaria pelo dia seguinte.

Com se pode calcular chegamos á Ericeira bastante cedo nesse dia de Sábado, que ainda se apresentava cinzento e sem graça, esperamos um pouco até que abriu uma Pastelaria e aí sim descansamos um bocado enquanto nos oferecíamos um bom pequeno almoço.

Demos umas voltas pela Vila afim de a apreciarmos, assim como as vistas sobre o Oceano, praia e porto dos pescadores, enquanto aguardávamos que o Sol fizesse a sua aparição para que pudéssemos finalmente dar início aos trabalhos a que nos propusemos.

Continua, proxima etapa, Ericeira, (A ver o mar, junto as artes de pesca).

Ericeira (Via Odrinhas) Parte I

Ora pois então chegamos à estação da CP de Sintra.
Uma vez recuperado o Cip, do episódio anterior, fizemos uma pequena prospecção, e na base do sentido de orientação das placas verticais nos dirigimos a penantes no sentido da Ericeira, no entanto, ou da missa interrompida, do tempero das Bifanas ou do gaz das Imperiais, acometeu-se-nos uma forte vontade de mijar (vulgo fazer xixi), fizemos de imediato um reconhecimento sumário da zona e, não é que observamos umas colunas redondas de pedra alva, acima de qualquer suspeita, enfim o local ideal para depositar o precioso liquido, ficamos a saber que era, nem mais nem menos o local onde despacha hoje o famoso Edil Fernando Seara.

Então após este pequeno percalço dirigimo-nos por fim ao nosso objectivo a Ericeira, caminho árduo que teria de ser palmilhado durante a noite, o que a avaliar aos dias de hoje, não era tarefa fácil, mas lá fomos andando e conversando tranquilamente sobre temas da mais variada espécie, intercaladas por anedotas de alto coturno e vocabulário duvidoso, agora o tempo é que não estava a ajudar nada, algum nevoeiro difuso, parecendo que poderia chover a qualquer momento, tirando saco impremiável do Cip, sobrava a nossa falta de equipamento para essa adversidade, que fomos de pronto tranquilizados pelo Companheiro Escória-Porco, que informou que vinha preparado para essa intempérie uma vez que possuía um plástico recentemente adquirido e que daria para que todos ficássemos resguardados.

Começaram a cair as primeiras pingas e apressadamente nos dirigimos para um abrigo, que era nem mais nem menos uma paragem de transportes públicos, foi aí que constatamos que o tal plástico comprado pelo escoria-porco, pouco mais dava do que para abriga-lo.

Passado esse aguaceiro, prosseguimos caminho, mas passado algum tempo a chuva voltou e não houve outra alternativa senão nos recolhermos noutra paragem de transportes públicos, mas desta vez na tal famosa de Odrinhas.

Deitamo-nos todos no chão da paragem, com os pés de fora e o melhor tapados possível com o plástico do escória-porco, à espera que deixasse de chover ou que aparecesse a primeira camioneta, por fim não me lembro se deixou de chover, sei é que parou a tal camioneta e nós todos deitados na paragem. À pressa lá nos levantamos e ordeiramente todos ao monte entramos e sentamo-nos na dita, cinco no banco dos palermas e o escoria-porco, um pouco mais á frente num lugar duplo e do lado da janela, devia estar amuado com qualquer coisa que ainda hoje me ultrapassa, estava então ele com o seu gorro preto de lã enfiado, tal e qual pela cabeça a baixo.

… continua Ericeira (Via Odrinhas)

Agradeço aos companheiros que complementem e corrijam esta minha forma de me lembrar deste acampamento escória que tanto prazer me deu não só pela aventura mas principalmente pelo convívio com estes companheiros fantásticos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A IGREJA CATÓLICA NA MIRA DO NUNES

Segundo informações fidedignas depois de meter na ordem restaurantes, casinos e discotecas o novo alvo escolhido pela ASAE vai ser a Igreja Católica, onde há sinais mais que evidentes de incumprimento das normas de Bruxelas relativas à higiene e muitas dúvidas quanto ao respeito pela proibição de fumar nos espaços fechados.
Ao contrário do que sucede com os casinos, onde a lei dos jogos permite ao Nunes fumar as suas cigarrilhas-mata-ratos (ao que consta de uma marca espanhola de baixissima qualidade) , a Concordata nada diz quanto à possibilidade de fumar nos locais de culto, designadamente, nas sacristias e outras zonas reservadas, pelo que, se Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Dom José da Cruz Policarpo, quiser dar a sua "passa" não terá o mesmo privilégio do Nunes e terá que o fazer ao relento, à chuva, ao vento e ao frio, no adro da Sé.
É que o Nunes, dando eco à voz do dono e numa interpretação ressabiada e jacobina, considera que a lei anti-tabaco se aplica às igrejas porque estas são justamente o local de trabalho do clero. Mais, nelas há atendimento directo de público. Mais ainda, no seu interior pratica-se a catequese pelo deverão ser consideradas estabelecimentos de ensino (em tudo iguais a esses pavilhões pré-fabricados que pululam pelo país e dão pelas expressivas designações de C+S qualquer coisa) e portanto locais destinados a menores de 18 anos!
Por conseguinte, a situação é tensa e preocupante.Tanto quanto, se sabe, nenhuma igreja afixou o dístico de proibição de entrada de fumadores, num gesto que só pode ser entendido com uma afronta da hierarquia católica ao poder pessoal do Nunes.
Mais grave ainda. Ao contrário do que sucede com os outros estabelecimentos onde as beatas são visíveis à porta, nas igrejas é no interior que estas normalmente se juntam, situação que indicia não só um manifesto desrespeito pela lei como uma provocação à autoridade do Nunes.
Para agravar ainda mais a situação, toda a gente sabe que o cardeal patriarca de Lisboa é um fumador incorrigível, ( havendo até quem comente que só não se mudou para a Praça de São Pedro porque o fumo do tabaco iria pôr em risco a conservação dos fresco da Capela Sistina), dando assim um péssimo exemplo ao seu rebanho.
Situação que o Nunes vê com muita preocupação e que segundo alguns observadores justifica e torna inevitável uma mega operação policial que vai fechar muitas das nossas igrejas, a começar pela Sé de Lisboa, onde os rangers da ASAE, treinados pela CIA, vão ter a oportunidade de mostrar pela primeira vez as suas aptidões pois assaltarão de surpresa aquele templo, numa tentativa de surpreender D. Policarpo agarrado ao cigarro em plena sacristia.
Mas o tabaco não é a única razão para esta intervenção da ASAE.
Subsiste ainda a questão da pública e notória falta de higiene nos “estabelecimentos” religiosos (assim chamam os homens do Nunes às Igrejas).
É frequente ver o cardeal patriarca dar o seu anel a beijar aos crentes sem cuidar da sua higienização entre cada lambidela, o que justifica a intenção do Nunes confiscar o anel para que sejam feitas análises microbiológicas no Instituto Ricardo Jorge, a fim de identificar todos os germes que vivem neste pequeno jardim zoológico cardinalício.
Para além do cachucho de Sua Eminência Reverendíssima, o Nunes está também preocupado com o facto dos estabelecimentos religiosos não estarem equipados com WC (em inox mod.XPTO com pedal de abertura para águas quentes e frias) , obrigando os crentes a virem fazer as necessidades biológicas à rua, o que é motivo para determinar os seu encerramento até que uma nova inspecção da ASAE autorize a sua reabertura, tal como sucedeu com a Ginginha do Rossio ou com o Galeto.
Uma segunda linha de preocupações refere-se às condições em que são usados produtos alimentares nas celebrações da missa, designadamente, vinho e hóstias. Quanto ao vinho a ASAE tenciona verificar se as igrejas têm condições adequadas à lavagem dos cálices estando a estudar a possibilidade de proibir a utilização de cálices de metal pois os óxidos produzidos no seu interior podem prejudicar a saúde. Em sua substituição a ASAE pretende sugerir a utilização de cálices de plástico descartáveis ou de vidro pirex.
Mas mais grave do que usar cálices em condições de higiene duvidosas e sem que as sacristias tenham o mínimo de condições de assegurar a sua higienização como mandam os protestantes de Bruxelas, é a forma como as hóstias são distribuídas pelos crentes. Os padres entregam-nas sem ter o cuidado de usar luvas (sabe Deus onde andaram, com as mãos...), quando deveriam usar luvas de látex e as hóstias deveriam estar embrulhadas individualmente em papel celofane, onde deveria estar impressa a sua composição, local e data de fabrico, data de validade e a indicação de que foram utilizados cereais transgénicos.

O Nunes não pára!

TROPA

Foi dia 5 de Janeiro do já passado 1978, do século XX, quando assentaram praça, três valorosos militares do Exercito Português, são eles os vosso ilustres Companheiros:

Zé Costa, no CIM, Campo de Instrução Militar de Santa Margarida, no RC4, mais conhecido por Regimento de Cavalaria de Santa Margarida, ou também como 1ª BMI
1ª Brigada Mista Independente (NATO).
O vosso Companheiro fez lá a recurta, e a chamada especialidade, que foi a de CCCM47, o que traduzido por míudos dá qualquer coisa como Condutor de Carro de Combate M47.
Mais tarde e já em Agosto de 1978, vou para Santarém e a partir daí é aquela tranquilidade que alguns de vós já conhecem, e que outras estórias dessa altura irei aqui ter oportunidade de contar.

Lema da Unidade Militar: "PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS


J.L. Noivo, no CIM, Campo de Instrução Militar de Santa Margarida, no destacamento do RLL, mais conhecido por Regimento de Lanceiros de Lisboa , onde este companheiro fez a recruta e a especialidade, tendo logo por volta de Abril, retornado a Lisboa donde a sua Unidade era originaria, sendo portando julgo eu um excelente Policia Militar(PM)


A.L. Lemos, Em Tangos, ali bem perto de Santa Margarida, o nosso Companheiro haveria de fazer a sua recruta e especialidade, no destacamento do REL, para os amigos Regimento de Engenharia de Lisboa.
Está bem de ver que devido a compleição física deste nosso Companheiro a sua especialidade na Tropa, foi mesmo a de Condutor de Maquinas Especiais de Engenharia, como por exemplo, Zorras, Camiões e outras maquinas de rastos(lagartas).
Pois este Companheiro devido à sua especialidade Militar teve uma vida Militar mais nómada.

A ESCOLA

Num tal dia 7 de Outubro de 1963, foi o meu primeiro dia de escola primária, o acesso á casa da sabedoria, guardo dessas primeiras horas, o primeiro contacto com os novos colegas, que morando as escassas centenas de metros, nem sequer nos conhecíamos.
Bom, somos depois confrontados com uma chamada, para ver se a malta estava toda e começaram a colocar-nos em três filas por ordem de altura, virados para uma parede onde entre a pintura a descascar, se encontrava um Crucifixo com imagem e tudo que ao que me lembro era de boa qualidade, encontrava-se pois, este ícone do cristianismo acolitado do Contra-Almirante a esquerda e do Botas à direita, rezamos então um Pai nosso, para de seguir começarmos as actividades culturais propriamente ditas.

Do meu primeiro professor retive apenas duas recordações, primeiro, era coxo, segundo como qualquer coxo que se preze era uma grande FP.

Dos meus muitos Colegas de primeiro dia de aulas alguns mantivemos contacto durante muitos anos, ultimamente e em alguns casos só de tempos a tempos, enfim alterações que se foram dando nas nossas vidas e que provocaram esse afastamento presencial, porque em pensamento estão variadíssimas vezes presentes.

Quero começar por prestar uma grande homenagem a dois que já não estão entre nós:

Rui Negrão
Pedro Salvador

Agora os outros:

Orly (1)

J.L Noivo (2)
A.L. Lemos (2)

J.L Melo (acho que ele dizia que era com dos LL) (3)

Entre outros mas com os quais houve menos convívio.

(1) Este é o que mais presente tem estado ao longo destes 44 anos, isto tambem pelo facto de ser meu colega de trabalho

(2) Quanto a estes dois dará um post futuro, sobre uma fase da nossa vida que também se iniciou no mesmo dia, mas bastantes anos mais tarde

(3) Quanto a este haverá a relatar futuramente, sobre um mini acampamento escória, a que chamarei o Mistério da estrada de Galamares.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A ARTE DE PEIDAR - Apontamentos de filosofia escória

Capitulo II
Das Variedades do peido, nomeadamente a diferença entre peido e arroto: demonstração total da definição do peido.

«Dissemos nos primeiro capitulo que o peido sai do ânus. Isto diferencia-o do arroto ou "relatório espanhol"que, formado de matéria idêntica, porém no estômago, se escapa pelo alto porque tem saída próxima ou porque a dureza e replecção do ventre ou quaisquer outros obstáculos, lhe não permitem tomar as vias inferiores. Segundo as formalidades sociais arroto e peido seguem a par. Na opinião de alguns será até mais odioso do que o próprio peido. Não vimos certo embaixador da corte de Luis o Grande soltar um arroto bem viril no meio do esplendor e da magnificência que o monarca espraiava aos seus olhos, e garantir-lhe que no seu país o arroto fazia parte da mais nobre gravidade? Não devemos, num caso, tirar conclusões piores do que no outro e, quer o vento saia por cima ou por baixo, entre as duas circunstâncias há paridade bastante para nos não levantar escrúpulos a tal respeito. Em Furetiére (vol.II do seu Dicionário Universal) lemos efectivamente que no Condado de Suffolck, no dia de Natal, deviam os vassalos desobrigar-se perante o rei, dando um salto, um arroto e um peido.
Não punhamos porém, o arroto na classe dos ventos colicativos ou dos murmúrios e gorjeios do ventre, ventos do mesmo género que rugem nas tripas e tardam em manifestar-se, prólogo autêntico de uma comédia ou precursores de tempestade próxima. As raparigas e as mulheres que se espartilham para adelgaçar a cinta, têm particular tendência para os formar. Segundo Fernel, o intestino a que os médicos chamam coecum, é nessas mulheres tão flatoso e tenso que os ventos nele aprisionados não travam menor combate do que os retidos por Éolo nas cavernas da montanha. À sua custa seria possivel fazer uma viagem maritima de longo curso ou, pelo menos, pôr a girar alguns moinhos de vento.
Para prova completa da nossa definição, só resta falar da causa última do peido, que ora é saúde do corpo pela natureza desejada, ora prazer ou deleite procurado pela arte. A seu tempo trataremos, num capítulo especial, dos efeitos que provoca. Note-se entretanto que não admitimos nem aprovamos qualquer finalidade contrária ao bom gosto e à saúde, pois semelhante abuso não pode, polida e honestamente, ter lugar entre os seus razoáveis e deleitosos fins»
in "Arte de Peidar" Conde de la Trompette

Ericeira ...

Decorria o ano de mil novecentos e não me lembro, quando foi organizado um acampamento escória com destino à vila piscatória da Ericeira, com o propósito de aí observarmos em natureza, o mar, a vista deslumbrante, os pescadores e outras belezas que por ali abundam.

Foi decidida que a partida seria na noite de uma sexta-feira, talvez no último comboio
do Rossio para Sintra.

De facto assim aconteceu, o ponto de encontro foi e assim seria durante bons anos, a velha Smarta, uma vez todos reunidos partimos a pata para o Rossio

No Rossio e antes de embarcarmos para tão longa viagem, porque isto de que quem vai para o mar avia-se em terra, fizemos o sacrifício de comer uma(s) bifanas mesmo ali no Beira-Gar, fritas como só eles sabiam fazer, naquela frigideira que desde a sua inauguração na lida das bifanas e até se romper diz a tradição, que ser lavada não podia, parece que tirava o sabor das ditas!!.
Agora desde que a ASAE apareceu as bifanas em moto-continuo, meus amigos, acabaram.

Compramos os bilhetes e lá nos instalamos no comboio, ainda o dito não tinha entrado no túnel, e já uma missa decorria com toda a sua pujança entre dois bancos triplos de frente-a-frente.
A missa teve de ser abruptamente interrompida devido a chegada a Sintra, calculo que por volta da 1h 30mn de Sábado.

Presentes, não sei se estaram todos.

Agradeço que complementem nos comentários.

Teodorias
Escoria-porco
Olissipo
Rui
E este que vos escreve

… Próxima parte, Ericeira (onde o mar é mais azul), via Odrinhas.

Perguntar não ofende ...

Expliquem-me uma coisa que eu não entendo até porque não sou perito em economia.

Se em 2002 um barril de petróleo custava 70 dólares o que equivalia a grosso modo a 77 Euros e hoje ele custa 100 dólares o que equivale sensivelmente a 70 Euros como é que se pode dizer que o petróleo subiu de preço? Porque raio pagamos cada vez mais ?

Ou será que o problema está no facto de nós Europeus continuarmos a aceitar o dólar como moeda referência para as transacções internacionais?

Mas. como disse, não sou perito em economia, por isso se alguém me conseguir explicar isto eu agradecia.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Hospital Dª Estefania - Lisboa

Encerramento do Hospital D. Estefânia

A todos:

Está a decorrer no site abaixo indicado, uma petição para ser enviada contra o encerramento do Hospital D. Estefânia. A ideia não é construir um novo hospital pediátrico, mas sim juntar as nossas crianças num hospital com os demais doentes. Isto vem no decorrer da junção de vários hospitais que o governo quer fazer com o tão falado Hospital de Todos os Santos em Chelas. O que eles querem fazer não é uma melhoria, mas sim um retrocesso, pois deixaremos de ter profissionais que lidam exclusivamente com crianças para ter profissionais que lidam com todo o tipo de doentes. Assim vamos ter os nossos filhos em salas de espera conjuntamente com adultos com as mais variadas doenças. Mesmo que eles digam que o novo hospital vai ter um piso só para a pediatria, mas será uma ou outra especialidade, pois quando as crianças tiverem que ir fazer um RX, umas análises, etc, vão estar em salas de espera comum.

Passaremos, ao contrário de Coimbra, Porto, a ser uma cidade sem um Hospital pediátrico, para não falar do se passa lá fora.
Fui alertado para esta petição porque me indicaram-me a fraca adesão que a petição está a ter. Participem, não custa nada. Se a petição para o regresso do Luís Figo à selecção já conta com sete mil e tal assinaturas, não se percebe como esta só vai nas duas mil e pouco.

Obrigado

http://www.petitiononline.com/hde2007

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

JANTAR DE JANEIRO NA RITUAL ESCÓRIA NÃO MERECIDO E ACEITE

Para iniciarmos o novo ano dentro do verdadeiro espirito e ritual escória, propunha que na 6ª feira (refiro-me à obviamente à última, dia 25, mas pode ser já esta se o nosso escória-porco fizer muita questão...)fossemos jantar/cear a um qualquer restaurante típico de Lisboa e depois fossemos à 1ª/2ª sessão de uma revista que creio estar no parque Mayer.
Ou jantar seguido de 2ª Sessão (ainda haverão 2ªs Sessões?), ou 1ª sessão (com a barriga a bater horas), seguida de ceia!
Aguardo os v/pronunciamentos porque isto exige alguma logistica. É preciso comprar ou pelo menos reservar os bilhetes previamente.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

AINDA HÁ QUEM SEJA ÚTIL


Para meter medo aos putos que não querem comer a sopa ou afastar as formigas do açucareiro.

A CANÇÃO DOS SETE VIOLINOS

«Um estudo realizado por uma empresa norte-americana concluiu que um trabalhador que fume pode custar à entidade patronal entre 364 a 3630 euros a mais por ano, entre horas dispendidas a fumar e despesas de saúde».
…Por isso eles se preocupam tanto com a nossa saúde, aprovando leis proibiccionistas e campanhas anti-tabaco!
É fundamental manter as “máquinas” afinadas e em rotação máxima porque afinal o lucro é o motor invisível, inaudível e intocável da nossa civilização!


«Seis meses após a legalização do aborto, o Cytotec (medicamento abortivo) continua a ser procurado nas farmácias».
Ao contrário do que afirmam certos sicários, é curioso constatar que existe uma forte consciência ética, pré-jurídica que se sobrepõe às alterações legislativas feitas para a satisfação de interesses e não para a afirmação de valores.
O que era mal e era crime na consciência de quem o pratica, continua a sê-lo mesmo que uma qualquer lei passe a dizer o contrário!
Talvez isto merecesse alguma reflexão ao nosso turbulento legislador. Ou talvez não!

«O Parlamento Europeu aprovou ontem por larga maioria um relatório que recomenda o adiamento de 2012 para 2015 da obrigação de reduzir as emissões de dióxido de carbono nos automóveis novos. Os eurodeputados acolhem assim as preocupações da industria automóvel, principalmente da indústria alemã».
E eu que alimentava o secreto desejo de um dia ver os helicópteros da ASAE a largarem por fast rope os seus anjos negros sob a AutoEuropa para o chefe Nunes de cigarrilha em riste mostrar à senhora Merkel que aqui xe cumprem ax directivax de Bruxelas carago!
Mas pelos vistos vão ter que se contentar com os fumadores, que são afinal a única fonte de iniquidade e poluição que precisa de medidas enérgicas e imediatas!

Como vêem caros Escórias o lucro...sempre o lucro!
Tudo o mais são fantasias de Natal.

A propósito,6ª há jantar?

Pérola

Esta pérola saíu no meu exame de Direito Financeiro e Fiscal, há uma semana atrás, a propósito das taxas...

"Exmo. Senhor Director da Companhia das Águas: Em virtude de um escrito, devidamente firmado por V.Exa. e por mim, temos nós - um para o outro - certo número de direitos e encargos.
Eu obriguei-me para com V. Exa. a pagar a despesa de uma encanação, o aluguer de um contador e o preço da água que consumisse. V. Exa., pela sua parte, obrigou-se para comigo a fornecer-me água do meu contador.
V. Exa. fornecia, eu pagava.
Faltamos evidentemente à fé deste contrato: eu, se não pagar, V. Exa., se não fornecer.
Se eu não pagar, V. Exa. faz isto: corta-me a canalização. Quando V. Exa. não fornecer, o que hei-de eu de fazer, Exmo. Senhor?
É evidente que, para que o nosso contrato não seja inteiramente leonino, eu preciso no caso análogo àquele em que V. Exa. me cortaria a mim a canalização, de cortar alguma coisa a V. Exa...."

(Carta atribuída a Eça de Queiroz)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A VOLUPIA DA ISCA OU O MANIFESTO ANTI ASAE

«Era outra gente, outro tempo e viva Deus! Ninguém confundia pela efígie um rapaz com uma rapariga ou vice-versa. Ia-se às iscas. Ah! mas não se julgue que as iscas eram o que são hoje. Não. Perdeu-se a poesia das iscas. Iscas boas como havia na Travessa do Cotovelo, esquina da Rua do Arsenal; na Travessa de São Domingos; no Magina, às Portas de Sant'Antão, na Travessa da Queimada; na Novo Dia a São Domingos; e na Rua da Atalaia, esquina da Travessa da Água da Flor, a dois passos do Cunhal das Bolas. Iscas eram em elas e sem elas, isto é, com batatas e sem batatas. Uma isca simples custava um vintém e, com elas, trinta réis. Quem não as comeu não pode sonhar o que isso era.
A casa das iscas da Travessa do Cotovelo era a mais afamada. Vastíssimo armazém, tinha ao pé da porta a chaminé onde o cozinheiro, defronte de uma enormíssima e negra frigideira de ferro, armado de um comprido garfo também de ferro, revolvia no molho as ultra-finas fatias do saboroso fígado...Nos primeiro tempos, o garfo e a faca dos fregueses eram pregados à mesa, umas enormes e compridas mesas, servidas por um banco único de cada lado onde se entrava ou pelo princípio ou passando a perna. Os pratos das iscas eram típicos e próprios; pequenos, de louça ordinária e parecendo mesmo que só comidas neles, com a faca e o garfo próprios, de ferro tosco, elas têm o seu verdadeiro sabor. Com as iscas comia-se uma conserva que os galegos denominavam Conserva à Portuguesa, composta de tiras de cenoura e pimentos verdes e era um verdadeiro achado a junção dos dois petiscos (...)»



Albino Forjaz Sampaio in "Volúpia - a Nona Arte: a Gatronomia",Ed.Domingos Barreira,Lisboa,1949.

Esta simples e singela narrativa gastronómica não passa de uma pequena gota de água num oceano de História e de Cultura,numa encruzilhada multissecular e multicultural de gostos, de cores, de cheiros de afectos, que (ainda) se chama Portugal.


E fora de contexto não faria grande sentido a sua referência, não fora, o universo de valores contidos na evocação, estar em perigo!
É que uma nova organização canhestra e fundamentalista que dá pelo nome de ASAE extravasa as suas competências, usa e abusa dos seus poderes e, a pretexto de defender a saúde pública e de aplicar, obedientemente e sem hesitações, os delírios normalizadores dos eurocratas de Bruxelas, pretende outrossim reeducar-nos a alma, o gosto e os hábitos e, arrancar da nossa memória, uma multiplicidade de ícones, de referências colectivas que fazem parte do denominador comum, do código genético social que nos identifica como povo, diferente dos outros povos.
Deste modo, a ASAE, muito para além de desejáveis funções profiláticas e higienista , parece desempenhar um papel político de baixo jaez ao serviço de politicos incultos, normalizados, sem terra e sem memória que não conseguem viver fora de um mundo robotizado, e conviver com a diferença, com a variante, com a opção.

Pela minha parte rejeito o fundamentalismo desses beleguins que tem vindo, com inaudita e ridicula ferocidade, a pôr o País de rastos.
Tudo farei para impedir que interfiram ou perturbem a minha liberdade, os meus hábitos, o meu quotidiano.
Eu que tinha prometido a mim mesmo deixar de fumar no princípio deste ano, depois de muito pensar voltei com a palavra atrás e, a bem dizer nem durmo, só de pensar na emoção de um dia ser abordado por um comando de tropas especiais SWAT, que vestidos de preto e embuçados como nos filmes, descem velozes por cordas espetadas no tecto do café, confiscando-me em flagrante delito o cachimbo fumegante.
Grandes heróis, esta tropa chefiada pelo Chefe Nunes, o tal da cigarrilha em riste no Casino do Estoril na noite de fim de ano. .
A propósito: quanto terá pago o chefe Nunes para juntamente com a familia passar o Ano no Casino?
Ele há velhos hábitos que não se perdem e a Direcção Geral de Viação é uma grande escola!!!

domingo, 13 de janeiro de 2008

"A ARTE DE PEIDAR" - Apontamentos de filosofia Escória

CAPÍTULO I

«DEFINIÇÃO DO PEIDO EM GERAL»
«O peido, chamado em grego “pordê”, em latim “crepitus ventris”, no antigo saxão “partin” ou “furtin”, no alto alemão “fartzen”e no inglês “fart”, é um composto de ventos que ora sai com ruído, ora se manifesta surdo e silencioso.
Autores teimosos, porém audaciosos, em pleno absurdo sustentam com arrogância e persistência (apesar de Calepino[1] e dos mais dicionários feitos ou a fazer) que a palavra peido propriamente dita, isto é, no genuíno sentido, só deve aplicar-se à espécie ruidosa. O seu raciocínio vai buscar apoio num verso de Horácio que não basta à completa noção de peido:
“Nam displosa sonat quantum Vesica pepedi”. SAT.8., que é como quem diz: tal barulho fez meu peido, que uma bexiga eu poderia ter rebentado.
Fácil é concluir, porém, que no seu verso Horácio utilizou a palavra “pedere”, ou seja peidar no sentido genérico, e para lhe dar a qualidade de som claro, restringiu-se ao peido que rebenta à saída. Saint Evremond, filósofo tão amável como despeitado, tinha do peido ideia diferente da vulgar pois não passava, na sua opinião, de suspiro. Vejamos o que à sua amante ele disse por ter dado um peido, certa vez, na sua presença:

Meu coração, que a má vida desgraçou,
Com suspiros engordou.
De feição mui radical,
Um deles não sai pela boca
Mas também me não sufoca:
Procuro o outro canal.

No mais amplo sentido, o peido é vento retido no baixo ventre e, na opinião dos médicos, causado por uma pituíta resfriada que um calor brando atenua e destaca sem dissolver; ou então, segundo os camponeses e a voz comum, devido ao uso de ingredientes ventosos ou alimentos de igual natureza. Ainda podemos defini-lo como ar comprimido que percorre as partes internas do corpo buscando uma saída e acabando em libertar-se, precipitado, ao achar aquela que o decoro me impede de citar.
Mas não ocultaremos o que quer que seja. O peido é um ser que se exprime no ânus, com ruído ou sem ele. Por vezes liberta-o a natureza com esforço, pedindo noutras o recurso da arte que lhe dá saída fácil e deleitosa, não raro cheia de volúpia. Daqui o provérbio:

Viver saudável e sem tormento,
Só dando ao cu todo o seu vento.

Voltemos, porém, à nossa definição, provando que observa asregras mais sãs da filosofia pois contém o género, a matéria e a diferença (quia nempe constat genere, matéria e differentia):
1º Contém todas as causas e todas as espécies; veremos quais e segundo a sua ordem;
2º Ao ser constante no género, não duvidemos de que será, também, na causa remota que engendra os ventos, a saber: a pituíta e os alimentos magros. Discutamo-lo, pois, com fundamento, antes de metermos o nariz nas espécies.
Afirmamos que a matéria do peido é morna e ligeiramente magra. Como sabemos, nos países mais quentes e nos mais frios nunca chove, já que o calor absorve nos primeiros toda a espécie de fumos e vapores, e o gelo excessivo impede nos segundos a exalação dos fumos. Pelo contrário, nos climas intermédios, temperados, chove (como assisadamente notaram Bodin, Scaliger e Cardin). Sendo excessivo o calor, não só ele mói e enfraquece os alimentos como dissolve e consome todos os vapores, coisa que o frio não sabe fazer impedindo, até, que se produza o mais pequeno fumo. Num ambiente suave e temperado tudo se passa de maneira diversa, não permitindo a sua amenidade que ele coza por completo os alimentos e, amolecendo-os apenas ao de leve, pode a pituíta do ventrículo e dos intestinos levantar ventos, tanto mais enérgicos quanto ventosos os alimentos que fermentam nesse calor brando, produzindo fumos muitos espessos e em turbilhão. Isto é bem claro se compararmos a primavera e o outono com o verão e o Inverno, se atentarmos, por exemplo, na arte da destilação a fogo lento »
(continua)

transcrição integral de “L’ART DE PÉTER” de Conde de La Trompete
[1] Dicionário de latim de Ambrogio Calepino, monge italiano do séc. XV

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

A HISTÓRIA E A DOUTRINA NO NOSSO BLOGUE

O nosso blogue é, antes de mais um veículo privilegiado de comunicação entre toda a comunidade Escória.
Chamemos-lhe, por assim dizer, um ponto de encontro virtual.
Quando queremos, é também um album de recordações, um repositório de lembranças, um “conta-me como foi “que nos transporta a tempos e lugares longínquos, onde a nossa memória anseia voar, quantas vezes já com a indisfaçável nostalgia.daquela pequena-lágrima-no-canto-do-olho que a saudade teima em soltar
Mas o nosso blog é também presente. Espaço de opinião, de crítica, de indignação. Bandeira de homens que nasceram livres e livres querem continuar, neste tempo difícil em que vivemos.
E afinal somos também o futuro. A nossa Juventude Escória participa, exercita o estilo e a retórica. Defende pontos de vista e esgrime picardias. Exercita a liberdade!
Pena é serem poucos (mas são bons!).

Dito isto , ocorre-me porém, constatar que o nosso blogue é deficitário no plano documental, doutrinário e cultural.
Mais concretamente quero dizer o seguinte:
Muito do nosso passado comum está documentado (albuns fotográficos de acampamentos que assinalam momentos históricos da maior importância; actas do CJ; exemplares do jornal do CJ com artigos assinados por muitos de nós; fotografias avulsas, etc, etc.).
Suponho que parte significativa desse espólio documental esteja com o nosso Venerável Chefe Teodorias..
Sugeria pois que alguém com conhecimentos informáticos bastantes (o nosso Porco por exemplo, já que é ele o S.Pedro do blogue e por outro lado os chefes não trabalham) se encarregasse de editar esses materiais, num projecto gráfico simpático e amigável, , na certeza de que a participação e número de visitas aumentaria exponencialmente
(Estou certo que até teríamos elites a querer meter o bedelho!)

Pela minha parte, ,procurarei, periodicamente, (talvez em folhetins semanais) transcrever textos clássicos de literatura e de flosofia (de alcova claro!)que desenvolvam e exaltem os valores e princípios escórias.

Saudações Escórias

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O ZÉ FAZ OU NÃO FAZ FALTA?

O nosso confrade escória-Xico publicou no seu blog "CHICOTADAS" um texto em que que nos procura convencer que o ZÉ afinal não faz falta nenhuma.
Ilusão do nosso querido confrade!
Talvez os ímpetos dos verdes anos que o atiram para o sonho, lá longe, num horizonte radioso e limpo, o impeçam de ver a realidade, aqui e agora, debaixo dos nossos pés, no meio do lodo e do esterco em que nos movemos.
Então o Zé não faz falta? Vejamos....
O dito ZÉ custa ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20.880,00 euros por mês.
É que o alter-ego e a actividade do embargador-mor deste pobre reino, é servida por uma corte de 11 súbditos, com as funções de assessores, técnicos, secretária, coordenador de gabinete, motorista pessoal, motorista para o gabinete e contínuo.
E não estamos a falar de funcionários públicos da CML. Estamos a falar de cidadões e cidadonas recrutados a recibo verde (contratos de prestação de serviços) pelo dito.

A saber:

-Alberto José de Castro Nunes - Assessor - 1.530 ,00 €
-Ana Rita Teles do Patrocínio Silva - Secretária - 2.000.00 €
-António Maria Fontes da Cruz Braga - Assessor - 1.530,00 €
-Bernardino dos Santos Aranda Tavares - Assessor - 2.500,00 €
-Carlos Manuel Marques da Silva - Assessor - 1.530,00 €
-Catarina Furtado Rodrigues Nunes de Oliveira – Assessora - 2.500,00 €
-Maria José Nobre Marreiros - Assessora - 1.530 ,00 €
-Pedro Manuel Bastos Rodrigues Soares - Coordenador do Gabinete - 1.730,00 €
-Rui Alexandre Ramos Abreu - Secretário - 2.000,00 €
-Sara Sofia Lages Borges da Veiga - Assessora - 1.530,00 €
-Sílvia Cristóvão Claro - Assessora - 2.500,00 €

É este o staff de um vereador SEM PELOURO (imagine-se os que têm pelouro!).

Que idade terá esta gaiatada toda?
Qual será a formação, a experiência e o currículo profissional destes zézinhos e zézinhas?
Qual terá sido o critério de recrutamento?

Então o Zé faz ou não faz falta? Claro que sim. Pelo menos a estas 11 encomendas.

E depois, meu querido Porco-Sequeira , ainda te insurges contra as taxas camarárias!

SÓCRATES O EMIGRANTE

José Sócrates regressou a Portugal.
Depois de 6 meses emigrado na Europa ao serviço da chancelaria alemã da senhora Merkel, o 1º Ministro José Sócrates regressou finalmente à pátria-mãe.
Para uns foi “barriga de aluguer”, para outros o “sargento” vagomestre.
Para outros ainda, um bonifrate irrequieto,manobrado pelo poder franco-alemão, um pinóquio sorridente papagueando ditames alheios..
Enfim… maldicências!
Para mim foi um emigrante…apenas e só um emigrante, igual a muitos outros.
E como a generalidade dos emigrantes portugueses, teve um desempenho exemplar, digno de justos e singelos encómios.
Os portugueses, têm esta curiosa particularidade de carácter. Duma maneira geral e salvo raras excepções, são relapsos na incompetência no laxismo e na manhosice quando trabalham na sua terra. Mas, uma vez inseridos em sociedades e economias superiores, com métodos de gestão evoluídos, devidamente controlados, reconhecidos e motivados, os trabalhadores portugueses, tornam-se verdadeiros exemplos de virtuosa abnegação e de assinalável espírito de sacrifício.
Há muitas décadas que esta é uma das mais singulares idiossincrasias da diáspora lusitana que cruza os cinco continentes em busca do pão que por cá lhe é negado.

Mas o que importa reter é que o incontornável engenheiro agora vai ter mesmo de pilotar o barco, sem alibis e sem derivas desculpantes!
Navegar…navegar sem ver terra, até 2009! Parece não haver volta a dar-lhe. É até vomitar as tripas!
Claro que o senhor primeiro ministro na sua impertinente facúndia, autista e triunfante, continuará a tecer loas à economia portuguesa.
A tal que continua a ser o carro-vassoura entre os 27 Estados-membros da UE.
A tal que de acordo com o insuspeito “The Economist”, nos tem hoje mais pobres do que nos tinha em 1995!
A tal que nos impõe o ordenado mínimo mais baixo da UE, mas que oferece ao governador do Banco de Portugal um ordenado superior àquele que aufere o governador do Banco Central Europeu e à maioria dos gestores das nossas empresas públicas, vencimento e alcavalas superiores à correspondente média europeia!
O Senhor primeiro ministro dando largas à sua imaginação pós-modernista e, em recorrentes ímpetos de um populismo despudorado e pacóvio, continuará a distribuir (com reportagem nos telejornais das oito!), uns quantos computadores a jovens de Borralheira de Orjais e de Curral da Burra Cimeiro.
Não obstante, somos e continuaremos a ser o Estado-membro com maiores taxas de insucesso escolar e de exclusão social, onde o futuro é emigrar para a Europa para ganhar a vida lado a lado com magrebinos, sul americanos e africanos (“Ei-los que partem velhos e novos! buscando a sorte noutras paragens…” ah! como se repetem nas frias e tristes madrugadas de hoje, os sonhos e as bandeiras de antanho!).
Onde se salta de reforma em reforma educativa, de manual em manual (grande negócio para umas quantas empresas privadas!).
Onde ninguém se entende.
Onde se perdeu a noção de autoridade e de disciplina e de trabalho.
Onde os alunos batem nos professores e os pais dos alunos fecham as escolas por não servirem lagosta ao almoço.
Onde (numa atitude de rara coerência!) se retiram os nomes dos santos às escolas.
Somos o Estado membro onde as mulheres que querem fazer abortos já não têm de ir a Espanha. Podem fazê-los em qualquer hospital público, integralmente pagos pelo orçamento do Estado. Quem tem de ir para Espanha, em nome do equilibrio orçamental, são as mulheres que desejam parir. E as que por cá ficam correm o sério risco de parir dentro de uma ambulância em movimento.
Somos o Estado membro onde na Justiça, se podem formar empresas numa hora (batendo com orgulho e algazarra todos os off-shores e paraísos financeiros que, pelo mundo fora servem o crime organizado) mas onde uma qualquer acção em tribunal aguarda em média 8 anos por uma decisão, se entretanto não prescrever.
Onde todas as semanas, políticos, magistrados, policias, repetem… renovam... reiteram...prometem… um combate sem tréguas à corrupção, mas onde não se prendem nem se julgam os corruptos e onde a pequena, a média, a grande corrupção, o tráfico de influências, o compadrio, a promiscuidade e o amiguismo cresce impune e escandalosamente nos meios autárquico, empresarial, politico, judicial e desportivo.
O senhor primeiro-ministro, nas suas iluminadas pulsões autoritárias e higienistas continuará paternalmente a “educar” os nossos hábitos e pecados e, a reprimir os nossos vícios de maneira a que todos possamos um dia morrer saudáveis .
Agora é o tabaco. Depois virá o sal, o açúcar, o sexo e sabe-se lá que mais!

Meus amigos: não tenham ilusões…até 2009 será assim!

Depois, esperemos que a história e a diáspora se cumpram e que a dignidade que resta a este pobre país adiado e maltratado, faça este senhor engenheiro Sócrates emigrar, não por seis meses mas por muitos e muitos anos, para um qualquer destino dourado longe, bem longe da Pátria.

domingo, 6 de janeiro de 2008

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008