TUDO ACEITA E NADA MERECE

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fim de Semana


Já venho ...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Fim de Semana


Tenham um bom fim de Semana ...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


General, porque é que lá ao longe já é de noite?. Não estou a ver nada ...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Chega, não mandem mais da NIKE, podem mandar agora da ADIDAS

sábado, 27 de novembro de 2010

Uma política económica errática

Quem só veste o que lhe dão vive sempre num inferno; Traz sobretudo no verão e anda em camisa no inverno.


António Aleixo

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Dasssssss ... Mais um que se peidou.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Clic nas fotos para aumenta-las

Portugal no seu melhor! É uma vergonha O personagem que dorme profundamente, durante uma cerimónia oficial, é o excelentíssimo Embaixador de Portugal em Timor. Quem aproveita a ocasião para tirar uma fotografia, é o Presidente da República Ramos-Horta.Uma verdadeira pérola, esta série de duas fotografias. A não perder!

domingo, 21 de novembro de 2010

Tolerância...

Parece que anda para aí muita gente indignada com a enorme quantidade de anedotas, que infestaram o Facebook, a propósito da cimeira da NATO, nomeadamente o bloqueamento de algumas ruas de Lisboa para permitir a passagem do Presidente dos Estados Unidos.

Coisas como "A segunda circular está limpa e tudo por causa de um preto!”, ou “O Obama já chegou e vai ficar em casa de um primo na Damaia”, ou ainda, “Na Damaia não, na Buraca!", "...na Cova da Moura”, terminando com “Ouvi dizer que vão fazer fubá numa fogueira lá na praceta”, deixaram indignados os nossos queridos anti qualquer coisa, seja fascismo ou racismo.

Deixando de parte a nossa peculiar característica de nos rirmos de nós próprios, apenas me lembro do seguinte:

Como não frequento a parvoíce do facebook não me apercebo desse tipo de coisas, digamos, tão em cima do acontecimento. Acho legítimo que, havendo a tão propalada liberdade de expressão, obtida pela árdua luta, antes e após o 25 de A., blá...blá... etc... as pessoas possam escrever o que bem entenderem. Ou só deverá haver liberdade de expressão para o politicamente correcto? Todas essas situações, contadas nas anedotas, representam uma realidade que existe, é dolorosa e - pior ainda - foi provocada por nós, os que criámos oa guetos (as Buracas, as Covas da Moura), para onde despejámos gerações de pretos, sem esperança e encafuados numa realidade cultural que apenas reproduz os modelos mais que estafados de outros países. Nesse aspecto sou obrigado a prestar homenagem ao velho Salazar que conseguiu criar bairros sociais, onde a integração de pessoas da classe média, alta ou baixa, com pessoas realojadas das barracas teria sido digna de ser seguida em todo o mundo. O que é ser ou não ser racista? É não contar anedotas sobre pretos ou, no dia a dia, pugnar pela verdadeira INTEGRAÇÃO, sem paternalismos e assistencialismos. Sinceramente já começo a ficar farto dos "anti-racistas" de conversa.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Arte Fotográfica

(C) Richard Avedon (1923-2004)

Deves ter bastante a ver com isso, deves!! ...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Este Cão? ... É da Mónica

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Novo ...


Novo posto movél de atendimento da PSP

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Tenho impressão que o Sarkozy se peidou!!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A queda de um anjo cor de rosa

Quando o sr. Vale Almeida aceitou ser deputado, não pelo que é, mas pelos votos que os seus "gostos" sexuais podiam captar junto da chamada comunidade gay, sabia - ou devia saber - onde se estava a meter. O mesmo se aplica ao partido que o utilizou. Fui e sou opositor ao casamento entre pessoas do mesmo sexo; mas, uma vez democraticamente vencido, não vejo que deva haver quaisquer tipo de limitações aos "direitos" dessas pessoas. Então chamam casamento à união civil de dois maricas e agora não querem que eles adoptem ou apadrinhem? É casamento ou não é casamento? Em que ficamos?

Triste sina

Mais uma vez os lisboetas são reféns de uma reunião internacional.
Já não chegam as manifestações dos "enganados" pelos governos, o "trás do sol posto a concelho" e ainda temos mais esta. Felizes (será?) dos funcionários públicos, com um diazinho de férias; infelizes os outros que, como lhes compete, vão trabalhar e ainda por cima, pelo facto de provavelmente as escolas fecharem, ainda vão ter de andar com os miúdos a jogar nintendo nos locais de trabalho. Porreiro pá.

sábado, 13 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Eles garantiram que não há fugas, vamos lá a ver!!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Muito Obrigado

O pior que nos pode acontecer, quando defendemos uma determinada causa, é o facto de os nossos adversários se comportarem de maneira respeitosa, decente, discreta e sem provocações inúteis. Aí marcam pontos. Felizmente, para aquilo que defendo, a paneleirada comportou-se, durante a visita do Papa a Barcelona, da forma mais abjecta e ordinária que se possa imaginar, o que me provocou, de acordo com as primeiras linhas deste texto, uma alegria imensa. Essa autêntica marcha a fulambó, de fufas e paneleiros, tão lindos e lindas, só teria paralelo, se gajos como eu, fossem fazer frente às palhaçadas carnavalescas das gay pride, armados de crucifixos e imagens de nossas senhoras da Fátima. Por isso, malta atracante de popa, entre outros espécimes, mais ou menos híbridos, o meu muito obrigado pelo belo espectáculo que pude presenciar. A sério, continuem, vão pelo bom caminho.

A Politica, tem destas coisas ...


Impossível ... Estou de dieta

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Miss ... preciso de 5 mn para te falar, poder ser?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Oh Bush, porque não te calas pá ...

sábado, 6 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Porra ... Não sabia que aqui também tinham o Coelho da Pascôa.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Não achas que estou mais crescido desde a ùltima cimeira?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Oh Blair, chupa que é cana doce ...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Oh Bush, o meu é deste tamanho ...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Se vocês não se afastam, juro que rebento!!

sábado, 30 de outubro de 2010

Quem disse que a História não se repete?


“Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, – reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (…)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida intima, descambam na vida publica em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na politica portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (…)

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do pais, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, – como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas;

Dois partidos (…), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (…) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, – de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (…)”

Guerra Junqueiro, A Pátria, 1896

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Venham cá para a semana, que já tem buraco ...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...


Aguentem, chega para todos ...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Politica, tem destas coisas ...

A A A Aaaaatttchhhiiimm

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

OE 2011


Fácil Não ??

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Já não dá mais !!

Dassssssss ...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Conseguiu !!


"And thus, dear students, we have arrived at the formula for understanding women!!!"
"E assim, queridos alunos, chegamos a fórmula para entender as mulheres!"

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ajuda ao 3º Mundo

Ajuda paga pelos pobres dos países ricos para ajudar os ricos dos países pobres.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quebra-Nóz


Querem experimentar ?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

FarmVille


Querida, espera só um pouco que estou a acabar de apanhar os Morangos ...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Eles não têm culpa.

Falo dos ciganos. Pode parecer estranho ao politicamente correcto mas a realidade diária encarrega-se de demonstrar o contrário do que é propalado:

Primeiro: São uma comunidade trabalhadora (quem achar que vender numa feira, marcar o lugar com antecedência, procurar e negociar os refugos, os produtos com defeito, obter as contrafacções sabendo que o risco fica apenas do seu lado, fazer centenas ou milhares de quilómetros para localidade tão diferentes quantas as feiras que este rectângulo tem, não é trabalho, é porque pertence ao lote dos favorecidos das 9 às 5, com meias horas para café e tabaco).

Segundo: Antes de lhes terem dado a primeira benesse nunca tinham pedido nada. Apenas que os deixassem ter a sua vida, as suas tradições, o seu nomadismo, a sua discriminação sexista, a sua violência (normalmente mais interna que externa) e, essencialmente, uma vida isenta de contaminações civilizacionais.

Terceiro: Ao contrário de nós, que somos civilizados, modernos e outras merdas, eles nunca desprezam as crianças (especialmente as do sexo masculino são autênticos príncipes) e, quanto aos velhos, então nem é preciso argumentar em demasia: Não se vêem ciganos abandonados em lares. Além disso, como a evolução tecnológica, relacionada com a facilidade de aceder, via Internet, ao conhecimento superficial e aparente, ainda é diminuta, entre essas gentes, essas camadas etárias mais avançadas são fonte de repositórios essenciais no que toca às tradições e modos de vida fundamentais à manutenção das estruturas básicas em que assentam.

Nos oitentas grupos de malta bem intencionada, apesar de – repito – nada lhes ter sido pedido, acharam que era fixe e moderno, “civilizacionar” essa gente, do género “nós é que sabemos o que é melhor para ti…”. E, vai daí desataram a construir prédios, normalmente autênticas aberrações arquitectónicas, para onde transferiram, não as barracas, mas o seu conteúdo, numa espécie de contrato virtual que podia rezar assim: nós (os bons) oferecemo-vos casas para que vocês (a merda) possam viver mais ou menos como nós. Em contrapartida vocês ficam, de imediato e como que por encanto, civilizados e deixam de enganar, roubar, passam a pagar as rendas, os impostos, mandam os filhos à escola…
Como bónus passam desde já a receber o rendimento mínimo e não se fala mais nisso.

Gajos que pensam assim são vistos, todos os anos, pelo mês de Dezembro, a fazer broches a tipos vestidos de Pai Natal, que lhes acariciam os caracóis ou as carecas, conforme exista ou não “florestação” capilar. É preciso não perceber nada de nada para pensar que as chamadas integrações se fazem por decreto ou por intenção das almas superiores. Como é evidente, uma vez percebendo a posição de superioridade que lhes era oferecida, a ciganada começou a querer cada vez mais, oferendo cada vez menos e mantendo toda a estrutura de vida que alegremente tinha sido a sua durante anos e anos. Quem vive suficientemente perto desses caixotes de barracas em altura sabe que, pelos últimos dias do mês, quando “cai” o taco do rendimento, as cervejarias ficam cheias de “franceses”, um dos nomes que lhes é eufemisticamente atribuído pelos empregados de mesa, e o consumo de mariscos aumenta exponencialmente.

Como a noite já vai adiantada e o que vale mesmo a pena é apresentar soluções, uma vez que especialistas em detectar problemas, há por ai aos pontapés, proponho o seguinte:

1- Fazer o favor de implodir todos esses prédios e blocos que se espalham um pouco pela cidade.
2- Dar aos ciganos terrenos, de preferência na periferia de Lisboa, providos de saneameto básico, água potável e muito espaço onde estes possam construir, destruir, geminar, aglutinar, separar as suas construções movíveis.
3- Através das associações sociais, como, por exemplo, a Igreja Católica, promover pacientemente alguma educação e integração dos que progressivamente queiram afastar-se do modelo dos seus antepassados.
4- Não chatear muito, mantendo no entanto apertada vigilância, mesmo que para isso tenhamos de contratar bufos dentro das próprias comunidades.
5- Deixá-los trabalhar nas feiras e mercados porque, ao fim e ao cabo, é preferível assim, não cobrando impostos mas também não dando rendimentos mínimos que só fomentam a “calanzisse”.
6- Para os mais sensíveis podemos pensar em chamar os chamados bons exemplos, o Quaresma, o Quique Flores, o comandante da Polícia de Torres, os chamados bons ciganos que souberam pela sua obra e engenho mudar de vida.

Tenham uma certeza: Todos ganhamos (até eles).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

R.I.P.


José Torres

8-9-1938 - 3-9-2010

Grande Jogador do Sport Lisboa e Benfica e da Selecção Portuguesa de Futebol

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

S.L.B.


É pá parece que só precisa de mais umas afinações!!!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

S.L.B.


Sem palavras ...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sporting

Um moço que foi nomeado treinador do Sporting declarou, após mais uma humilhante derrota, em casa, sem fio de jogo, sem organização, que "... após um canto a nosso favor acabámos por tomar golo...".

Tomar golo? Mas o fulano é brasileiro ou português?

Bom... já que estamos em maré de brasileirices, só me resta um sonante:

Ó Paulo Sérgio vai tomar no cú!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

R.I.P.

JOSEFA


Se em vez de Josefa se chamasse Maria, Francisca ou Catarina chamaria a atenção, Mas Josefa já teve a sua época e ao seu lado ninguém espera encontrar um apelido do tipo Ricardo Salgado . A Josefa não estava na Praia dos Tomates ou a refrescar-se numa sombra da Quinta do Lago, se estivesse ninguém ousaria questionar tal nome e mesmo sem fazer nada poderia ter direito a um convite para umas das muitas festas glamorosas.


Chamava-se Josefa como se poderia chamar Filomena ou muitos dos nomes deste povo, de um povo que não lê os artigos da Felícia Cabrita no Sol, que não se preocupa com as dúvidas existenciais de procuradores remunerados muito acima da média e que desde que inventaram os computadores nem nos dedos têm calos.


Enquanto a classe política fazia as pazes nas águas quentes do Algarve a Josefa morreu anónima num dos muitos incêndios ateados, pela incúria, pela falta de civismo ou pelo simples prazer criminoso de ver o país arder. Num país onde cada um faz o possível por enriquecer o mais possível, onde são cada vez menos os que lhe dão alguma coisa, a Josefa deu a vida.


Era estudante e estava de férias, mas apenas meias férias pois trabalhava em part-time, mesmo assim ainda era bombeira e quando a sirene tocou partiu para os incêndios, talvez ao mesmo tempo que uma boa parte das nossas elites punha os chinelos para irem para a praia.


Há dois países neste Portugal, os que têm férias e os que não têm, os que enriquecem de forma fácil e os que fazem pela vida, os que chulam o orçamento ao abrigo de estatutos corporativos e os que têm de trabalhar duro se querem comer, os que tudo querem e se sentem no direito de pedirem mais e os que tudo dão sem esperar receber.


Josefa pertencia ao segundo país, ao país que luta, que constrói, que dá que dá a Portugal o que resta do sentido de Nação.

PAZ À SUA ALMA
(C) Jumento

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

D.Albino Cleto





D. Albino Cleto, um percurso ao serviço da Igreja

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o Bispo de Coimbra recorda episódios da sua vida, perspectivando o seu futuro e o da Diocese que actualmente serve

O Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, prepara a sua despedida da Diocese com o sentido do dever cumprido. Tendo completado 75 anos no último mês de Março, o prelado pediu a renúncia ao cargo e em Abril anunciou à Diocese que a mesma tinha sido aceite pelo Vaticano, com o seu sucessor a ser nomeado no próximo ano.

Natural de Manteigas (Distrito da Guarda), junto da Serra da Estrela, D. Albino Cleto foi ordenado padre em 1959 e Bispo em 1983, como Auxiliar de Lisboa.

Posteriormente, foi nomeado Bispo Coadjutor de Coimbra em Outubro de 1997, sucedendo a D. João Alves em Março de 2001.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, passa em revista um percurso de muitos anos, perspectivando o seu futuro e o da Diocese que actualmente serve, enquanto Bispo.



Agência ECCLESIA (AE) – Natural da Serra da Estrela, esteve na paróquia da Estrela (Lisboa) e está na diocese onde passa o rio da «Estrela». A estrela percorreu todos os passos da sua vida?

D. Albino Cleto (AC) – Tenho pensado nisso… Quando fui eleito bispo pedi a Nossa Senhora que fosse a minha Estrela, sem esquecer que a Sagrada Escritura diz que Jesus Cristo é a «Estrela da Manhã». Realmente, a estrela tem-me acompanhado, pelo menos no nome.



AE – Em Março deste ano fez 75 anos. Quando passar a bispo emérito de Coimbra volta para a «Estrela»?

AC – Volto para a «Estrela». A serra será a minha base – assim o penso -, não ficando, evidentemente, ali retido constantemente. Estarei a serviço da Igreja, mas penso ir, bastantes vezes, a Lisboa porque tenho lá instalação garantida, em família, e tenho também lá muitos amigos que quero revisitar.



AE – Natural da zona de Manteigas (diocese da Guarda), como foi o percurso de D. Albino Cleto até à diocese de Coimbra?

AC – Considero que tem o seu quê de original. Pelo menos a ida para Lisboa. Desde pequeno (a partir do Crisma) que dizia que queria ser padre. Naturalmente, as coisas encaminharam-se para ir para o seminário da diocese da Guarda. Havia também outro colega da escola primária que tinha os mesmos propósitos. Éramos muito amigos e fizemos um conluio os dois. Todavia, depois do exame de aptidão – como se usava nessa altura – feito na Guarda, retardou a resposta. O nosso «velho prior» só nos chamou para nos transmitir que estava tudo solucionado: «Tu, Albino, vais para o Fundão, mas tu, Zé, vais para Santarém». Respondi, imediatamente: «Não senhor vigário. Para onde vai um, vão os dois». «Se, ele não pode ir para o Fundão, sou eu que quero ir para Santarém». Embirrei…. «Santa» birra.



AE – Era um menino birrento… Levou mesmo uma «bofetada» do seu pai devido a este episódio?

AC – Sim. Quando disse «santa» birra não era devido ao Seminário do Fundão. Fui para Santarém e passado algum tempo o meu colega deixa o seminário. Pensei: «Deus prega-nos cada partida». Continuei… Fiz os seminários normais. Fiquei muito contente quando, em Setembro de 1959, recebi um cartãozinho do secretário do Cardeal Cerejeira, Mons. José Maria, a dizer-me: «Está, vossa reverência, nomeada para o Seminário de Almada. Deve apresentar-se ao senhor reitor, Cón. Gonçalves Pedro». Devo dizer que considero isto um rebuçado que Deus me deu. Soube, depois, que cheguei a estar nomeado como coadjutor para a Paróquia de S. Mamede (Lisboa) que tinha como pároco o Cón. Amaro Teixeira.



AE – Sentia-se melhor a trabalhar com jovens…

AC – Tinha o sonho de trabalhar com gente nova. Gostei muito de passar três anos como aluno daquele seminário. Há coisas que se cruzam e, uma delas, foi esta: «Nessa mesma data passou a ser vice-reitor, o Pe. João Alves». Foram 19 anos. O Pe. João Alves saiu – sete anos depois – e fiquei responsável pelo seminário. Tive muitas alegrias e tristezas. A tristeza maior foi ver o seminário descer de cento e setenta alunos para onze. Também tive a alegria de começar a ver subir o número.



AE – O seminário sempre foi uma paixão?

AC – Durante muitos anos… e ainda hoje. Fez-me padre e durante 19 anos da minha vida ali os «gastei» a ajudar outros a serem padres também. Na paróquia da Estrela acompanhei, afectivamente, o seminário.



AE – A sua saída do Seminário de Almada foi inesperada?

AC – No dia de S. Paulo (25 de Janeiro) do ano de 1978, o Cardeal António Ribeiro – recordou-o sempre com profunda amizade – foi à festa do Seminário de Almada. Sei que andámos a passear e a conversar… Disse-me: «precisava de si noutro lado, mas não o posso tirar porque vocês são tão poucos». Na Quinta-feira Santa (passados cerca de dois meses) disse-me: «sempre conto consigo para a paróquia da Estrela». Fiquei espantado… e disse-me: «Em Maio, apareça para voltarmos a conversar». Nunca mais me esqueço deste episódio porque, no dia seguinte, tinha de acompanhar uma turma de finalistas do Colégio Frei Luis de Sousa até ao Funchal. E fui para a Paróquia da Estrela em Outubro.


AE – Um período marcante na sua vida?

AC – Sobretudo pela riqueza de contactos. Estes são variadíssimos. Os outros que tinha, eram marcados por jovens.



AE – Chegou a frequentar a Faculdade de Letras?

AC – Sim. Por causa do Português. Como era professor de Língua Portuguesa, achei que o padre não devia de ficar atrás do professor de Química, Física, Inglês… Tirei o curso aos pinguinhos.



AE – Nota-se que o percurso da sua vida está muito ligado a D. João Alves?

AC – Somos muito amigos. Desde os meus tempos de aluno. Na gama de professores que recordo com muita saudade, o então Pe. João Alves, professor de História, marcou-me imenso. Fiquei profundamente ligado a ele.



AE – Consta que foi ele quem não deixou que fosse para bispo de Beja

AC – Dizem isso… Mas são segredos dos corredores do Vaticano (risos). Soube, por zunzuns indiscretos, que na terna (três bispos possíveis para uma diocese) para Beja, eu andava nela. Cheguei a receber algumas cartas de padres de Beja a dizer que me esperavam. Nunca respondi porque ninguém me tinha nomeado.



AE – Se fosse para Beja, a adaptação seria mais difícil…

AC – Ia para Beja com muito prazer. Só teria medo de uma coisa: o calor. Quando chegassem os meses quentes de Beja teria de me colocar à sombra. (risos)



AE – Não tinha medo do Alentejo «vermelho»?

AC – Não. Não há grandes confrontos. A ideia de que as pessoas «mais vermelhas» atacam a Igreja é capaz de não ser muito acertada. Uma das afirmações de D. Manuel Falcão fala nessa questão… É um belíssimo e santo conselheiro.


AE – O trabalho e a experiência paroquial foram importantes para o exercício do seu múnus episcopal?

AC – Muito.



AE – Todos os bispos deviam ter uma experiência numa paróquia?

AC – Não obrigatoriamente, mas ela é enriquecedora. Às vezes quando falo com um pároco meto esta deixa: «Como sabem, eu também fui prior». (risos). Às vezes existe a tentação dos párocos dizerem: «Nós é que estamos no terreno».



AE – Antes de ser nomeado bispo auxiliar de Lisboa, num conselho presbiteral os olhares dos seus colegas padres estavam focados em si.

AC – Já existia a boateira - como há sempre – de que eu ia ser bispo. Às vezes, isso irritava-me… Recordo também que, numa peregrinação a Itália, passei por Assis e – de joelhos – coloquei-me junto do túmulo de S. Francisco de Assis. Disse-lhe: «Oh Santo, tu que nem quiseste ser presbítero – ficaste diácono toda a vida – faz-me um jeito e tira-me da cabeça a preocupação de saber se vou ser bispo ou não».

Num conselho presbiteral de Dezembro de 1982, um padre meu amigo perguntou ao patriarca: «Afinal, quando vem um bispo auxiliar para Lisboa?». Vi que alguns olhos se voltaram para mim. Pus-me a escrever… O patriarca respondeu: «tenham calma». No intervalo, enquanto tomava a sua bica e fumava o seu cigarrinho, o Cardeal Ribeiro fez-me sinal e perguntou-me: «Está livre hoje à noite?». Caiu-me o coração… Nunca me tremeram as pernas, senão naquele dia que me sentei junto do Cardeal Ribeiro. Pôs-se a rir e disse-me: «Você está a tremer… (risos) tenho a dizer-lhe está escolhido para ser bispo auxiliar de Lisboa». Foi tornado oficial ainda nesse mês e no dia 22 de Janeiro de 1983 fui sagrado bispo, na Igreja dos Jerónimos.



AE – Tremeu quando soube da escolha para bispo auxiliar, mas depois tornaram-se amigos e até passavam férias em conjunto?

AC – Por uma razão simples. Quando falei com ele sobre os meus trabalhos e onde ficava a residir, ele disse-me que iria ocupar o lugar que o D. Maurílio de Gouveia tinha deixado vago e ficaria com a região pastoral de Lisboa – é a mais fácil do Patriarcado, difícil é o aro da cidade – e ficava a residir onde quisesse. Fiquei nos aposentos do D. Maurílio. Era o bispo auxiliar que residia na mesma casa do senhor Patriarca.

Conversávamos, frequentemente, não só à mesa das refeições, mas também nas horas seguintes. Por vezes dizia-me: «quando vai de férias?». E perguntou-me se estava livre em Agosto e se queria dar uma volta. Disse-lhe que sim…. Tudo começou assim. No primeiro ano fomos tomar posse da minha diocese: Elvira. Passeámos por Córdoba, Sevilha e Granada. Depois deste passeio, começamos a ir mais vezes.

Recordo com saudades essas férias de Agosto, mas com menos alegria recordo a última que fiz porque o senhor Patriarca já estava doente e apressou o regresso a casa.



AE – Consta que o Cardeal Ribeiro se «transfigurava» quando saía de Portugal?

AC – Percebo porquê. Ele era conhecido em toda à parte. Numa viagem para o Sul de Espanha parámos no Alentejo para a bica matinal. À saída do café, um «bom amigo alentejano» toca-me nas costas e pergunta-me: «Aquele não é o cardeal?». Respondi-lhe: «É sim senhor». Era muito conhecido.



AE – Antes das viagens, os roteiros estavam todos traçados. O Cardeal António Ribeiro era muito meticuloso?

AC – Eu não tinha preocupação nenhuma. Os hotéis estavam combinados e o percurso delineado. Limitava-me a conduzir. Noutras ocasiões era o D. Maurílio ou então o Pe. Moita.



AE – Como foi a sua experiência pastoral como bispo auxiliar no Patriarcado?

AC – Foi muito enriquecedora. A minha região pastoral era das mais fáceis. Em Lisboa, as igrejas estavam feitas e quando havia falta de padres as congregações religiosas ajudavam. Estive sempre muito ligado às comunidades paroquiais que visitava com facilidade. Saía de casa, e minutos depois estava na paróquia que ia visitar. Conhecia os leigos, os padres, os conselhos pastorais…



AE – Era muito próximo das pessoas?

AC – Isso é do temperamento.



AE – Então foram 15 anos enriquecedores?

AC - É verdade. Tive uma escola formidável: o Cardeal Patriarca, D. António Ribeiro; D. António Reis Rodrigues, um mestre, D. José Policarpo, outro mestre. Grandes amigos que tinha à mesa. Fui um felizardo na escola episcopal e nas conversas que tive.


AE – Uma escola importante para chegar à «universidade» de Coimbra. Nesta diocese cometeu «pecados» ao longo destes anos?

AC – Houve realizações conseguidas, outras que deixo a meio e algumas em que bato com a mão no peito. Sonhei…



AE – Bata-nos com «mão no peito».

AC – Logo no discurso de entrada e, sobretudo, na carta pastoral que escrevi, eu sonhava e apontava duas coisas importantíssimas: a Pastoral Universitária – sabia que não partia do zero, mas era necessário dar novo ânimo -, não atingimos o nível que tinha sonhado… No entanto acho que ela está a crescer, mas muito lentamente porque se mudaram as circunstâncias.



AE – A Universidade de Coimbra está espalhada pela cidade…

AC – É verdade. Há encontros. Ainda se sente uma unidade académica em Coimbra – queira Deus que ela não se perca -, mas à quinta-feira de noite ou sexta-feira de manhã ou à tarde ela desaparece. Isto fundamentado com estatísticas fornecidas pela reitoria da universidade. Só retoma possibilidades de encontro na terça-feira. Na segunda está cá, mas cheia de sono. Vem ensonada das noites de fim-de-semana…



AE – A sigla SPES (Serviço Pastoral do Ensino Superior) significa esperança. Quer dizer que tem esperança nesta área?

AC – Estamos a sentir respostas novas. Temos rapazes e raparigas que, alegremente, se entregam a uma pastoral que mete a vertente reflexiva e a oração. Há a realização de peregrinações e de noites de oração.



AE – Ainda falta a outra prioridade?

AC – Ainda não temos construído um centro pastoral. Temos lugar para ele e algum dinheiro, mas problemas burocráticos – ligados ao PDM de Coimbra que agora estão resolvidos – não possibilitaram avançarmos com a obra.



AE – As obras terão o seu início antes de se despedir de Coimbra?

AC – O projecto ainda não está devidamente aprovado. Não conseguimos… Não quero sair e que digam: olhem, olhem… Fiz o que fiz e alguma coisa se fez.



AE – Neste anos também sentiu o perfume das vitórias. Qual a realização que lhe deu mais gozo?

AC – Aponto – desculpem se estou a ser vaidoso – a unidade da diocese. A diocese está unida, embora com pequenas fracturas. O clero da diocese estima-se a si próprio. Sinto-me à vontade no meio do clero.



AE – Mas é capaz de mandar um «murro na mesa»?

AC – Já tenho mandado. Algumas coisas tive de resolver, como se costuma dizer, à faca. Algumas nomeações de párocos, decisões de paróquias, questões de capelas que foram parar a tribunal…



AE – O seu sucessor terá o trabalho facilitado…

AC – Sim, mas vai ter muitas aflições para responder a todas as solicitações, relativamente ao número de padres. Todas as dioceses – tirando uma ou duas lá para o Norte do país – se queixam do mesmo. Aqui pode haver também uma culpa da minha parte que foi o retardar a preparação de entrega de algumas paróquias a leigos e a diáconos.



AE – É preciso apostar na Pastoral Vocacional?

AC – Está a crescer, mas posso dizer que já enterrei, em 12 anos, 61 padres. Entre os que ordenei, os que vieram de outras dioceses (Benguela ou Institutos Brasileiros) e uma ou duas incardinações foram 21 ou 22. Perante esta realidade, é preciso dar às pequenas paróquias a consciência que são elas as responsáveis. Ter uma ou duas pessoas que tomam a peito as responsabilidades. Não é apenas a comissão que conta os dinheiros da festa. O pároco deve ser o grande coordenador das dez ou quinze paróquias do concelho. Temos que ir mais longe, para que as paróquias não digam: «Então, em Outubro, quem será o nosso prior?»



AE – E também podem perguntar quem será o nosso bispo? Sente essa preocupação no clero e nos seus diocesanos?

AC – Sinto essa preocupação mais no clero do que no laicado. Tornei pública a resposta que recebi (dizendo mesmo que devia torná-la pública) do Núncio Apostólico de que estava aceite a minha substituição e que ela seria executada, presumivelmente, daqui a um ano. Foi o que ele me disse na Quinta-feira Santa. Até Fevereiro ou Março, eu tenho a responsabilidade da diocese e procuro cumprir o meu dever.



AE – Tem curiosidade em saber quem será o seu sucessor?

AC - É normal que tenha curiosidade em saber, mas não me quero intrometer.



AE – Qual o melhor perfil para o seu sucessor?

AC – Tem de ser uma pessoa muito presente localmente porque a diocese é grande. Tão depressa é solicitado para ir celebrar um crisma a Oliveira do Hospital como, no dia seguinte, terá de presidir a uma reunião em Pombal ou na Figueira da Foz.

Deverá também ter facilidade de relações, tanto com o clero como com os leigos. Deverá ter uma relação de proximidade porque, bem ou mal, a diocese está habituada a isso.

Não é necessário que seja catedrático, mas há uma relação com o mundo da saúde e da cultura que tem de ser garantida. O bispo de Coimbra tem de saber estar à vontade com professores universitários, grandes médicos… A diocese dialoga com hospitais para ver como havemos de responder – religiosa e socialmente – a situações de famílias que vêm do interior. Temos 8 capelães hospitalares em toda a diocese.



AE – Adaptou-se facilmente à diocese de Coimbra? Os anos como coadjutor foram benéficos?

AC – Perfeitamente. Uma bênção de Deus.



AE – Conheceu a realidade, antes de assumir a diocese…

AC – Eu quis ter um coadjutor, mas na altura disseram-me que, talvez, agora não. Depois passou o tempo. Quando faltavam um ou dois anos não davam um coadjutor.



AE – A aposta para este ano está situada em que área?

AC – Trabalhar sem estar a pensar que é o último mês, é o último dia, é a última vez… Trabalho porque vamos lançar o ano 2010/11. O programa está feito.



AE – Continua a marcar actividades na sua agenda?

AC – Marco. Quando vier o meu sucessor digo-lhe que marquei esta actividade. Se eu soubesse que o meu sucessor vem no dia 1 de Fevereiro ou dia 1 de Março… Mas como não sei. Vou marcando actividades, embora para o final do ano não me comprometa muito. Tenho também a preocupação de deixar a casa arrumada.



AE – Casa arrumada?

AC – São as questões pendentes que existem em todas as dioceses. Não queria deixar ao meu sucessor uma série de dossiers. Tenho meio ano para o fazer e já estou empenhado nisso.



AE – A diocese ainda está na dinâmica sinodal?

AC - Eu diria que está em dinâmica sinodal, mas devo dizer que não me empenhei – foi outra culpa minha porque assisti à parte final do sínodo (há cerca de 11 anos) – porque senti que o sínodo foi bom e realizou bom trabalho, mas não deixou balanço. O congresso dos leigos (dois anos antes) é que marcou a diocese e deu-lhe um novo impulso. O sínodo não foi agarrado pela diocese na sua execução e eu também não o agarrei.



AE – Mas existem sinais visíveis deste sínodo?

AC - Existem. Temos vários conselhos pastorais (estão a crescer) e económicos. Uma pastoral familiar que está a ser bem coordenada. Chamo a isto uma dinâmica que me foi deixada pelo meu antecessor, D. João Alves.



AE – Os seus 4 vigários regionais também celebram o Crisma?

AC – Sim, mal de mim… São 270 paróquias e, nesta altura do ano celebram o Crisma todos os domingos.



AE – Como está a decorrer o processo da Irmã Lúcia?

AC – É um dos dossiers onde quero deixar a casa arrumada. Tendo o Santo Padre dado a benesse de nos dispensar dois anos, abrandámos o ritmo. As comissões têm de ser «picadas» por mim porque reúnem-se lentamente. A partir de Outubro vou «picar os calos» à comissão histórica…



AE – O dossier devia estar mais avançado?

AC – Exactamente. Está a caminhar, mas tenho de pressionar mais. Quando vou ao Carmelo sinto que aquilo é um pólo de espiritualidade para o exterior. É interessante verificar que muitas peregrinações a Fátima passam por aqui.


AE – Em Maio último, Bento XVI esteve em Portugal. Coimbra não merecia que o Papa viesse a esta cidade?

AC – Merecia e não foi por falta de pedidos meus. Mas foram pedidos derrotados. O Papa não podia ir a Coimbra se não fosse também a Braga.



AE – O que fica desta visita a Portugal?

AC – Deve ficar o apelo a um ritmo de vida cristã mais consciente e mais dinamizador. Bento XVI deu-nos um «empurrão» portanto temos de andar mais depressa. E também nos disse para onde devemos andar. O bispo tem de ser o homem que coordena, mas tem que andar. Fica também na memória a afirmação «atrevida» proferida no Porto: «caminhar repetindo é morrer. Repetir é morrer». Deixou-nos também a mensagem para um diálogo com o mundo actual.



AE – Na visita «Ad Limina», Bento XVI também deixou apelos…

AC – Mas não é um discurso programático. Bento XVI disse-nos coisas acertadíssimas que disse também a outros episcopados. Não foram específicas para nós. Devo dizer que nesses mesmos dias fizemos uma reunião, em Roma, só que – receio que aconteça o mesmo com a vinda o Papa – estamos todos preocupados em ver como está a nossa «quinta» e está a diminuir a preocupação global pelo país.



AE – Mas formou-se um grupo para repensar a pastoral em Portugal?

AC – Exactamente. Queira Deus que esse grupo seja dinamizador. O receio de alguns bispos é que este grupo vá também ser «mordido» pela epidemia que está a morder a todos: «Não tenho tempo porque também tenho um fogo em casa». Isto é muito português. É o regionalismo.



AE – Actualmente é vogal da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Sempre teve sensibilidade para estas áreas?

AC – Sempre. Inicialmente por um gosto natural. Quando era rapaz – sobretudo depois no Seminário dos Olivais – gostava de visitar monumentos, viajar e conhecer a história da Igreja, do castelo. No Seminário dos Olivais tive bons mestres que me ajudaram nesse sentido. Constituímos uma equipa de arte que estava muito ligada ao Movimento Renovação de Arte Religiosa (MRAR). Desenvolvi o gosto e o interesse por saber mais em relação a estes assuntos.

Quando fui colocado no Seminário de Almada, uma das vertentes da educação dos seminaristas era a sensibilidade artística. Comecei a estudar os pintores… Mais tarde fui chamado para a Comissão de Arte Sacra do Patriarcado. Ficou em mim este «bichinho».



AE – A construção de novas igrejas tem de obedecer a determinados critérios. Para não acontecerem casos polémicos como a igreja de Troufa Real, em Lisboa?

AC – Também acompanhei… Fui das primeiras pessoas a receber os estudos prévios dessa igreja. Dei os meus pareceres, o arquitecto fez correcções. Tive algumas interrogações que apresentei ao Conselho Episcopal, presidido pelo Cardeal Ribeiro. Houve interrogações, mas disseram-me para dar luz verde para continuar a estudar. Para passar a projecto. Entretanto vim para Coimbra.



AE – Concorda com este estilo de construção?

AC – Aquela acho-a, excessivamente, dependente do símbolo. A Igreja não tem que parecer um barco. Tem de parecer um edifício onde se reúnem pessoas.



AE – As dioceses de Aveiro, Leiria-Fátima e Portalegre-Castelo Branco retiraram os seminaristas da diocese de Coimbra. O Instituto Superior de Estudos Teológicos (ISET) de Coimbra está em perigo?

AC – No próximo ano, o ISET funciona com 20 alunos, tantos quantos têm outras escolas superiores de Teologia em Portugal. Mas reconheço que uma escola superior de Teologia com 20 alunos é pouco. Não ia deslocar 16 alunos de Coimbra e 4 de Cabo Verde para Lisboa, Porto ou Braga.

Por outro lado, não está encerrado o processo de termos no centro do país um instituto superior de estudos teológicos, em diálogo com outras dioceses. As dioceses de Leiria, Aveiro e Portalegre não nos bateram a porta para todo o futuro.

Um Instituto Superior de Estudos Teológicos, tal como uma faculdade, preparam teólogos (homens, mulheres, frades, leigos, padres), mas na preparação do padre, cada diocese tem que cuidar dela. Cada presbitério prepara os seus futuros presbíteros.



AE – O que irá fazer quando passar a emérito?

AC – Tenho o desejo de voltar à serenidade e ao silêncio. Vou acompanhar - não quero magoar ninguém -, mas procurarei observar. Para mim, o grande mestre nisso foi Mons. Pereira dos Reis. Retirou-se para Singeverga. Deus não quis que o Cardeal Ribeiro chegasse até aos 75 anos, mas o propósito dele era retirar-se mais cedo. Disse-me: “quando fizer xis anos (disse-me quantos), eu retiro-me».

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Confissão

A Maria, no leito de morte, decidiu confidenciar ao Manuel:

- "Manuel, sabes que o nosso filho mais velho não é teu filho?"
O Manuel, muito tranquilo, responde:

- "Maria, isto não tem problema nenhum..." A Maria, muito intrigada com toda a calma do Manuel, indaga-lhe:

- "Escuta ó Manuel!! Vê se entendes! Estou a dizer-te que o filho não é teu! Ó homem de Deus!!" O Manuel novamente responde:

- "Pois, pois... eu entendi, Maria."

- "Ai, Jesus! Por que raios então tu não estás zangado e ficas tão calmo?" Finalmente, Manuel responde:

- "Pois... Sabes Maria, que este filho não é também teu filho?" Maria rebate:

- "Como não é meu, ó homem de Deus? Se eu carreguei o infeliz na minha barriga por nove meses?"

- "Maria, lembra-te quando tu estavas na maternidade e me pediste para trocar o menino, porque ele estava todo cagado ?

Pois bem... eu o troquei por um limpinho que estava ao lado."

sexta-feira, 30 de julho de 2010

R.I.P.


António Feio, Actor, Encenador e Professor de Teatro
Dezembro de 1954, Julho de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

40 anos

Um par de estalos, dados a tempo, evitam muitos problemas...

domingo, 25 de julho de 2010

Comprar português ( I )

Embora exista alguma vertente exportadora de sucesso, que deve ser explorada e incentivada, não me parece que seja a única forma de providenciarmos, se não a recuperação económica, pelo menos a recuperação de algum emprego.

Modelos exportadores, como a AutoEuropa ou as defuntas Delphi ou Qimonda têm um interesse relativo, uma vez que, ao grande volume de produtos exportados, corresponde habitualmente um volume, não menos enorme, de importações. Acresce o facto de existir, normalmente, apenas um cliente, dono da tecnologia e igualmente mandante, no que respeita à escolha dos fornecedores.

A alternativa (ou a complementaridade), embora possa parecer um modelo de meados do século XX, passa pela substituição de importações por produtos correntes fabricados no país. É evidente que, dada a globalização e a ausência de fronteiras económicas, não é possível impedir essas importações, fonte do aumento exponencial do endividamento externo. O que ninguém poderá impedir é que os portugueses, patrioticamente, escolham comprar produtos portugueses. Se esses produtos forem os escolhidos e os estrangeiros ficarem sistematicamente nas prateleiras, começará a mudar o paradigma de quem é responsável por essas importações.

Para que não se pense que escrevo por escrever, aqui vai um exemplo:

Compras de sábado/domingo, 24 e 25 de Julho:

Hipermercado:
Atum Bom Petisco, salsichas nobre, almôndegas de carne alentejana, costeletas de porco nacionais, doçaria local, leite nacional, iced tea produto branco local, freeze limão, cervejas superbock (podia ser sagres), vinho alentejano, vinho do Porto, licor Beirão, detergente para loiça produto branco local, sabonetes Feno de Portugal, alguidar de plástico de Pataias, coador nacional, espátulas para fritos nacionais.

Mercearia:
Pêssegos (fruta da época) nacionais, pasta dentífrica Couto, queijo de Niza, batatas, cebolas e limões nacionais, chocolate Regina, confeitaria nacional, bolo de melaço da Madeira.

Tudo produzido em Portugal.

Como vêem não é difícil; basta um bocadinho de atenção ao que se compra.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A pesada herança

Neste momento estamos de mãos atadas com a pesada herança (em toneladas de ouro) que o nosso amigo Professor fez o favor de nos deixar. É a vida. Como os fortes da Europa não têm tanto como nós, dizem que assim não vale. Já assim era nos nossos tempos de "canalhada" em que "dono da bola" escolhia as equipas. Fosse ao contrário...

Esperem lá. Então, se sairmos da UE e do Euro, já podemos fazer o que quisermos do ouro, voltar a pescar (e não deixar os outros pescar) nas nossas águas, etc... etc...

Viva a Noruega.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mais uma que parece mentira

Parece que há um novo esquema na cidade de Lisboa.
Indivíduos que fazem aquelas pequenas obras (fala-se em proveniências dos antigos países de leste ou dos palopes), para evitarem alugar aqueles contentores enormes que servem para depositar entulho, utilizam um método bem mais baratucho: roubar os contentores de lixo que, por ocuparem algum espaço, nos prédios antigos, sem porteira, são "parqueados" no passeio.

Depois de convenientemente "atafulhados" de entulho são estrategicamente abandonados nas terras que abundam na periferia da cidade.

O meu prédio também foi vítima desse "contentorjacking".

Por via disso vim a saber duas coisas:

A primeira é que a substituição demora bastante tempo. A segunda, bem mais grave, é que cada substituição (e parece que são dezenas por dia) custa à CML a módica quantia de 150€, para os mais pequenos, e 250€ para os maiores. Acresce o facto de, pese existirem em Portugal dezenas de fábricas de plásticos, nomeadamente no eixo Leiria-Marinha Grande, estes caixotes de lixo serem importados de Espanha. Então nós, na nossa terra, não somos sequer capazes de produzir caixotes de lixo? Humm aqui há gato escondido. Obviamente que a minha reacção ao conhecer os meandros do caso foi simples e à portuguesa: Alguém anda a meter dinheiro ao bolso!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O incrível acontece

Não lembra ao diabo a conclusão preliminar do inquérito ao acidente entre duas bombas do estado, no cruzamento da Av. Liberdade com a Rua das Pretas. Então o culpado da alta velocidade e desrespeito pelos semáforos, praticados pelo carro do designado Super Polícia , é do militar da GNR que o conduzía? Se não fosse patético dava para uma boa gargalhada.

Nem coiso nem sai de cima

A propósito do RedBull Air Race:
A coisa já estava mais ou menos entranhada no nosso calendário.
Lá para Setembro Porto e Gaia assistiam a um grande espectáculo, milhares de pessoas acorriam às duas margens do Douro, rio suficientemente estreito para que isso fosse possível, e as duas cidades encaixavam os respectivos dividendos em termos de promoção turística.

Eis senão quando espirra a incrível novidade: A edilidade de Lisboa, como se a capital não tivesse problemas de sobra, mete-se ao barulho a tentar, na altura parecia que com sucesso, roubar o evento para as margens do Tejo, rio que, como se sabe, até pela largura da sua foz, tem poucas ou nenhumas condições para o albergar; não falando já no pouco saudável que deve ser ter aviões a fazer piruetas no meio dos corredores que servem para as aterragens de aeronaves comerciais no Aeroporto da Portela.

Trapalhada para a direita, trapalhada para a esquerda, recuos e “caranguejadas”, de tal modo que, afinal, já se passava a alternar entre as duas cidades. Resultado: borregação sem apelo nem agravo. Para quê esta merda? O que é que o país ganhou? Se Lisboa é a capital do império porque é que não se mete só com os que são do seu tamanho? Parece coisa de meninos só com merda naquelas cabeças. É mesmo nem foder, nem sair de cima.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mundial 2010


Ilustração da Selecção Brasileira para o Mundial de 2010.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mundial 2010


É pá, gostava que hoje o Paraguai ganhasse o jogo!!!

Mundial 2010


Ilustração da Selecção Portuguesa para o Mundial de 2010.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mundial 2010

AVISO:

Informamos os nossos, Fornecedores, Clientes e Amigos, que abrimos falencia ontem 21-06, depois do jogo de Portugal para o Mundial de 2010.

Obrigado

A Gerencia

segunda-feira, 21 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

RIP

José Saramago - Escritor, N 16 de Novembro de 1922, F 18 de Junho de 2010.
Prémio Nobel da Litratura

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Acordo ortográfico


O Acordo ortográfico finalmente avança ...

Mundial 2010


Brevemente num cinema perto de si ...



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mundial 2010


Parece que não há nada partido ...
... Esperemos pela proxima segunda feira!!

Perdoar ou não...

Uma jornalista perguntou a um coronel do BOPE (polícia de elite do Rio de Janeiro) se seria
capaz de perdoar os traficantes que derrubaram o helicóptero da PM matando 3 policiais.


A resposta foi rápida:


"Eu creio que a tarefa de perdoá-los cabe sempre a Deus.

A nossa tarefa é, simplesmente, a de promover esse encontro..."

terça-feira, 15 de junho de 2010

Mundial 2010


Acho que, PORTUGAL hoje vai ganhar à Costa do Marfim?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

E você !!!



Já tocou a sua Vuvuzela hoje?