TUDO ACEITA E NADA MERECE

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O VIDAL

Para quem tem filhos ou netos pequenos este nome já deve ter-se tornado incontornável. Os peluches e outros brinquedos, mais os pratos e copos de plástico, que pululam pelas lojas chinesas, ostentam, quase invariavelmente, esta marca. Embora “made in China” os códigos de barras (começados por 84) não mentem: Os produtos são, pelo menos para nós Portugueses, de origem espanhola.

Um pequeno exercício de pesquisa permite reconstituir o processo. Os cargueiros vêm da China, passam perto de Portugal, e desembocam em Amsterdão ou em Barcelona. Aí os célebres camiões, de que temos ouvido falar, devido aos aumentos do combustível, encarregam-se de os colocar à porta das lojas chinesas.

Por aqui podemos inferir a dupla dimensão do problema: Nós, com a possibilidade geográfica de sermos a porta da Europa, não passamos do seu cú; Aquilo que compramos, aparentemente tão barato, ainda tem de percorrer – depois de passar à nossa “porta” – alguns milhares de quilómetros por barco e estrada, antes de lhes podermos deitar a mão em troca de alguns modestos euros ou até cêntimos. Além disso podemos constatar a miséria paga aos produtores, ainda mais miséria se contarmos com a quantidade de predadores que “mamam” pelo caminho.

Enfim… porreiro pá!

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