TUDO ACEITA E NADA MERECE

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Ai Portugal...

Até parece que somos um país rico. Vamos a França e vemos a quantidade de carros velhos em circulação. Aqui tudo são dificuldades: As inspecções cada vez mais rigorosas, a facilidade com que o dinheiro dos nossos impostos é entregue a quem quer abater carros velhos em troca de novos; o ataque às pequenas oficinas de bairro e às sucatas que nos vendiam peças usadas ainda suficientemente boas para quem, não tendo ou não querendo gastar dinheiro, ia mantendo o chaço a andar. Todos sabemos que não são os carros velhos que provocam a maior parte dos acidentes. E tudo isso para quê? Para escoar a produção da “enorme” indústria portuguesa de fabrico de automóveis?

As ganas com que organismos estatais como a ASAE atacam tudo o que é genuinamente português, desde os queijos artesanais, passando pelo medronho até ao autêntico crime que foi obrigar as organizações de apoio social a recusarem compotas e outros produtos que esforçadas cidadãs confeccionavam em casa, impondo regras que farão – o Nunes (ex-DGV, cala-te boca…) orgulhava-se disso – perder a subsistência a muitos portugueses. São as grandes cadeias de fast-food internacionais as grandes beneficiadas.

Um país com um tamanho de merda prepara-se para endividar gerações e gerações de vindouros com a cena do TGV. Tal como nos carros, deve ser para beneficiar a indústria de comboios que não temos. Onde está a Sorefame?

Tínhamos fama de grandes construtores de barragens. O LNEC era o supra-sumos das estruturas. Pois bem, o governo adjudicou uma série de barragens a empresas espanholas com benefícios por prazos que se estendem, em certos casos, a 75 anos.

Ao serviço de quem está quem nos governa?

Porreiro pá…

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