O Professor costumava dar uma vista de olhos pelas listas da União Nacional antes de serem consideradas oficiais. Perguntava quem era fulano, riscava um nome acrescentava outro e pouco mais. A0 fim e ao cabo tanto fazia. Certa vez reparou em dois nomes com apelidos de família idênticos. Reconheceu-os como pai e filho. Não morrendo de amores pelo filho, informou o seu interlocutor não ser curial ter dois elementos tão chegados da mesma família candidatos na mesma legislatura. Atrapalhado, o homem, desconhecendo a antipatia do Professor pelo filho, retorquiu ser então necessário retirar um. Salazar disse-lhe que seria ele a escolher. O que ele decidisse estaria bem decidido. O fulano, atrapalhado, sugeriu, digamos, por uma questão de futuro, manter o mais novo. Pois seja, você decidiu, e bem, que fica o mais novo e eu decido que o mais novo é o pai.
Adaptado, com a devida vénia, de António de Oliveira Salazar, o outro retrato, de Jaime Nogueira Pinto.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Mas que bela lufada de ar fresco. Bem hajas Zé Sequeira.
E que saudades tinha do Presidente ...
Força, Zé Sequeira. Tou contigo ...
Enviar um comentário