TUDO ACEITA E NADA MERECE

sexta-feira, 30 de julho de 2010

R.I.P.


António Feio, Actor, Encenador e Professor de Teatro
Dezembro de 1954, Julho de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

40 anos

Um par de estalos, dados a tempo, evitam muitos problemas...

domingo, 25 de julho de 2010

Comprar português ( I )

Embora exista alguma vertente exportadora de sucesso, que deve ser explorada e incentivada, não me parece que seja a única forma de providenciarmos, se não a recuperação económica, pelo menos a recuperação de algum emprego.

Modelos exportadores, como a AutoEuropa ou as defuntas Delphi ou Qimonda têm um interesse relativo, uma vez que, ao grande volume de produtos exportados, corresponde habitualmente um volume, não menos enorme, de importações. Acresce o facto de existir, normalmente, apenas um cliente, dono da tecnologia e igualmente mandante, no que respeita à escolha dos fornecedores.

A alternativa (ou a complementaridade), embora possa parecer um modelo de meados do século XX, passa pela substituição de importações por produtos correntes fabricados no país. É evidente que, dada a globalização e a ausência de fronteiras económicas, não é possível impedir essas importações, fonte do aumento exponencial do endividamento externo. O que ninguém poderá impedir é que os portugueses, patrioticamente, escolham comprar produtos portugueses. Se esses produtos forem os escolhidos e os estrangeiros ficarem sistematicamente nas prateleiras, começará a mudar o paradigma de quem é responsável por essas importações.

Para que não se pense que escrevo por escrever, aqui vai um exemplo:

Compras de sábado/domingo, 24 e 25 de Julho:

Hipermercado:
Atum Bom Petisco, salsichas nobre, almôndegas de carne alentejana, costeletas de porco nacionais, doçaria local, leite nacional, iced tea produto branco local, freeze limão, cervejas superbock (podia ser sagres), vinho alentejano, vinho do Porto, licor Beirão, detergente para loiça produto branco local, sabonetes Feno de Portugal, alguidar de plástico de Pataias, coador nacional, espátulas para fritos nacionais.

Mercearia:
Pêssegos (fruta da época) nacionais, pasta dentífrica Couto, queijo de Niza, batatas, cebolas e limões nacionais, chocolate Regina, confeitaria nacional, bolo de melaço da Madeira.

Tudo produzido em Portugal.

Como vêem não é difícil; basta um bocadinho de atenção ao que se compra.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A pesada herança

Neste momento estamos de mãos atadas com a pesada herança (em toneladas de ouro) que o nosso amigo Professor fez o favor de nos deixar. É a vida. Como os fortes da Europa não têm tanto como nós, dizem que assim não vale. Já assim era nos nossos tempos de "canalhada" em que "dono da bola" escolhia as equipas. Fosse ao contrário...

Esperem lá. Então, se sairmos da UE e do Euro, já podemos fazer o que quisermos do ouro, voltar a pescar (e não deixar os outros pescar) nas nossas águas, etc... etc...

Viva a Noruega.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mais uma que parece mentira

Parece que há um novo esquema na cidade de Lisboa.
Indivíduos que fazem aquelas pequenas obras (fala-se em proveniências dos antigos países de leste ou dos palopes), para evitarem alugar aqueles contentores enormes que servem para depositar entulho, utilizam um método bem mais baratucho: roubar os contentores de lixo que, por ocuparem algum espaço, nos prédios antigos, sem porteira, são "parqueados" no passeio.

Depois de convenientemente "atafulhados" de entulho são estrategicamente abandonados nas terras que abundam na periferia da cidade.

O meu prédio também foi vítima desse "contentorjacking".

Por via disso vim a saber duas coisas:

A primeira é que a substituição demora bastante tempo. A segunda, bem mais grave, é que cada substituição (e parece que são dezenas por dia) custa à CML a módica quantia de 150€, para os mais pequenos, e 250€ para os maiores. Acresce o facto de, pese existirem em Portugal dezenas de fábricas de plásticos, nomeadamente no eixo Leiria-Marinha Grande, estes caixotes de lixo serem importados de Espanha. Então nós, na nossa terra, não somos sequer capazes de produzir caixotes de lixo? Humm aqui há gato escondido. Obviamente que a minha reacção ao conhecer os meandros do caso foi simples e à portuguesa: Alguém anda a meter dinheiro ao bolso!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O incrível acontece

Não lembra ao diabo a conclusão preliminar do inquérito ao acidente entre duas bombas do estado, no cruzamento da Av. Liberdade com a Rua das Pretas. Então o culpado da alta velocidade e desrespeito pelos semáforos, praticados pelo carro do designado Super Polícia , é do militar da GNR que o conduzía? Se não fosse patético dava para uma boa gargalhada.

Nem coiso nem sai de cima

A propósito do RedBull Air Race:
A coisa já estava mais ou menos entranhada no nosso calendário.
Lá para Setembro Porto e Gaia assistiam a um grande espectáculo, milhares de pessoas acorriam às duas margens do Douro, rio suficientemente estreito para que isso fosse possível, e as duas cidades encaixavam os respectivos dividendos em termos de promoção turística.

Eis senão quando espirra a incrível novidade: A edilidade de Lisboa, como se a capital não tivesse problemas de sobra, mete-se ao barulho a tentar, na altura parecia que com sucesso, roubar o evento para as margens do Tejo, rio que, como se sabe, até pela largura da sua foz, tem poucas ou nenhumas condições para o albergar; não falando já no pouco saudável que deve ser ter aviões a fazer piruetas no meio dos corredores que servem para as aterragens de aeronaves comerciais no Aeroporto da Portela.

Trapalhada para a direita, trapalhada para a esquerda, recuos e “caranguejadas”, de tal modo que, afinal, já se passava a alternar entre as duas cidades. Resultado: borregação sem apelo nem agravo. Para quê esta merda? O que é que o país ganhou? Se Lisboa é a capital do império porque é que não se mete só com os que são do seu tamanho? Parece coisa de meninos só com merda naquelas cabeças. É mesmo nem foder, nem sair de cima.