TUDO ACEITA E NADA MERECE

domingo, 25 de janeiro de 2009

Homenagem ao Carlinhos

O BAILE DO BURNAY

Naquele salão iluminado
por vistosos candeeiros
em redor os convidados
cabrões, putas e paneleiros

um pipi todo emproado
com voz fina de falsete
lê o programa da festa
cona, broche e minete

quase no meio do salão
um fidalgo semi-nu
mostra a todos os convidados
como se leva no cu

uma elegante senhora
desprovida de vergonha
limpa nos cantos da boca
quatro pingos de langonha

e este famoso baile
realizado em cascais
ficou gravado a ouro
na história dos bacanais

rabichos de sangue azul
e putas de alta roda
vão todos dançar o vira
o vira do cu e da foda

as meninas fressueiras
em cima de uma poltrona
vão dançar a noite inteira
o raspa das mamas e conas

uma vampe desconhecida
que por vergonha não fode
dá beijinhos na pichota
dum matulão de bigode

um rapazinho da moda
desses de cara barbeada
enquanto leva no cu
lambe a cona à namorada

uma loira escandalosa
bailarina de casino
por detrás de um cortinado
ensaia o broche de pino

ao fundo do corredor
dois vultos sobre o tapete
ela a chupar o caralho
e ele a fazer um minete

a um canto abandonada
uma velha solteirona
por não ter quem a console
mete uma garrafa na cona

tudo fodeu minha gente
pais, filhos e mais familia
e por fim insatisfeitos
foram foder a mobilia

foderam no nobre salão
no corredor e no bufete
comeram dentro do cu
linguado, broche e minete

de tanto gozo e prazer
de tanta pouca vergonha
aquele salão mui nobre
ficou num mar de langonha.

estes são alguns aspectos
desse baile colorido
em que fodeu toda a gente
e só um ficou fodido

5 comentários:

Chicotadas disse...

Sublime...

Álvaro disse...

Conhecia parte duma versão ligeiramente diferente, desde os meus tempo do Liceu Passos Manuel... Quem será o autor?

Unknown disse...

Estou a ver que tiveste um liceu muito INTENSO!! No meu tempo não era assim... Nem podíamos ir de calças!

Anónimo disse...

Digno de Du Bocage

JORGE MARQUÊS disse...

nos meus tempos da Escola Comercial Oliveira Martins, circulava uma versão idêntica, mas com mais umas duas quadras, das quais me lembro apenas de uma, que era assim «na nossa vida o foder é norma e condição. São tantos aqueles que fodem, como os que fodidos estão».